Delegado responsável pela investigação da morte, por atropelamento, de um casal de professores, Alan Luxardo afirmou nesta quarta-feira (6) que o jogador de futebol Marcinho estava a uma velocidade maior do que a alegada na hora do acidente, na noite do dia 30.
Segundo o delegado, o ex-atleta do Botafogo responderá por duplo homicídio culposo - quando não há a intenção de matar.
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Alexandre Silva de Lima morreu na hora. A mulher dele, Maria Cristina José Soares, ficou uma semana internada e morreu na terça (5).
Em depoimento na segunda-feira (4), Marcinho afirmou que dirigia a 60 km/h e que tentou desviar do casal.
Testemunhas já tinham contestado a versão do jogador, afirmando que o Mini Cooper estava em alta velocidade e "costurando o trânsito".
Nesta quarta, quatro testemunhas de defesa de Marcinho foram depor. Elas não estavam na hora do acidente e disseram que o atleta tinha saído de uma confraternização.
Alexandre e Maria Cristina eram professores Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet).
Eles atravessavam a Avenida Sernambetiba, no Recreio dos Bandeirantes, na altura do número 17.170, quando foram atingidos pelo carro de Marcinho, modelo Mini Cooper.
O casal saía da praia, onde havia colocado flores para Iemanjá, na véspera do réveillon, segundo parentes.
Internada em estado grave, ela passou por várias cirurgias e chegou a receber a notícia da morte de Alexandre. Na manhã desta terça, Maria Cristina piorou e foi entubada. No início da noite, não resistiu.
Testemunhas contradizem Marcinho
Testemunhas que viram o ex-lateral do Botafogo atropelar o casal contestaram a versão do jogador em depoimentos à polícia.
Marcinho tinha afirmado que estava em baixa velocidade (60 km por hora) e que tentou "frear e desviar" das vítimas. Disse também que não prestou socorro porque temeu ser linchado.
Uma das testemunhas diz que ele estava em alta velocidade e "costurando" no trânsito, que o trânsito estava "moderado" e que permitia a chegada das vítimas em segurança no outro lado da rua.
Outra testemunha também disse que a velocidade era alta e que Marcinho tentou evitar policiais após o atropelamento.
Uma outra pessoa ouvida pelos investigadores afirma que Marcinho passou de novo por cima de uma das vítimas ao tentar fugir do local e que o jogador poderia ter pedido ajuda para a polícia, mas fugiu.