Imagem
Menu lateral
Imagem
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no facebook compartilhar no linkedin
copiar Copiado!
ver no google news

Ouça o artigo

Compartilhe

HOME > esportes > NACIONAL

Há 70 anos Maracanã é palco de glórias e tragédias dos times do Rio

'Casa' dos cariocas, estádio já assistiu a festas de muitos visitantes

O Maracanã é visto como a "casa" dos times do Rio de Janeiro nas disputas nacionais e internacionais. É fato que, na cidade, há outros estádios, como São Januário e Nílton Santos, que já receberam até jogos decisivos importantes. Mas ao longo de seus 70 anos o velho Maraca pode se orgulhar de ter sido o palco das maiores festas inesquecíveis para o torcedor, inclusive o visitante.

Personagens não faltam. Pelé marcou o primeiro gol dele pela Seleção no Maracanã. E nos anos 60 foi campeão em cima do Botafogo, do Flamengo e do Vasco no mesmo estádio. Roberto Dinamite "explodiu" pela primeira vez no Mário Filho; Zico marcou seis gols numa única partida; Elvis deu show, regendo o Santo André; Fred e Gabigol prometem brigar pela artilharia da nova arena. Ado, do Bangu, Edmundo, do Vasco, Thiago Neves, do Fluminense, também ficaram marcados no estádio, em pênaltis desperdiçados.

Há uma curiosidade: apenas dois dos considerados grandes do Rio conquistaram títulos internacionais no Maracanã - o Botafogo levantou a Copa Conmebol, em 1993, e o Flamengo, em 2020, conquistou a Recopa Sul-Americana. No entanto, os dois protagonizam dois dos maiores vexames: ambos perderam finais de Copa do Brasil, contra adversários considerados bem mais fracos, respectivamente Juventude, em 1999, e Santo André, em 2004.

Flamengo e Botafogo se encontram em outra estatística interessante. Segundo o RSSSF Brasil, site de estatísticas e resultados de todos os jogos do futebol brasileiro, o Maracanã recebeu 321 jogos com mais de 100 mil torcedores, incluindo os times do Rio e a Seleção Brasileira. Com 112 jogos, sendo 44 deles contra o Vasco - daí o apelido de "Clássico dos Milhões" -, o Flamengo lidera o ranking, enquanto o Botafogo tem apenas 43 participações. Mas é do Alvinegro o último registro de público tão grande: exatamente na decisão da Copa do Brasil contra o Juventude, com 101.851 torcedores. Desde aquele jogo, em 1999, e em razão das reformas, o Maracanã nunca mais recebeu tanta gente numa partida de futebol.

O Estádio Jornalista Mário Filho tem, na história, decisões municipais, estaduais, regionais, nacionais, continentais e mundiais. Excetuando as municipais e estaduais, as demais, que envolvem os times do Rio de Janeiro, totalizam 34 jogos (em sistema mata-mata ou pontos corridos), desde o Torneio Rio-São Paulo de 1952, entre Vasco e Portuguesa (SP), e a Recopa Sul-Americana, entre Flamengo e Independiente del Valle (EQU), em 2020.

A lista das 34 decisões

Campeonato Brasileiro / Copa União - 11

Torneio Rio-São Paulo - 6

Copa do Brasil - 5

Taça Brasil (reconhecida como título brasileiro) - 4

Copa Sul-Americana - 2

Mundial de Clubes da Fifa - 1

Taça de Prata (reconhecida como título brasileiro) - 1

Copa Conmebol - 1

Supercopa dos campeões da Libertadores - 1

Copa Libertadores - 1

Recopa Sul-Americana - 1

No resumo, o Flamengo é o time com mais participações em finais e títulos conquistados - nove, e outros seis perdidos; em seguida vem o Botafogo, com quatro títulos ganhos e outros quatro desperdiçados; o Vasco, assim como o Fluminense, soma três títulos no Maracanã, mas o time de São Januário esteve em outras cinco finais, mas saiu derrotado; o Tricolor perdeu as outras duas que disputou. O Bangu perdeu o único título, dessa lista, que decidiu no Maracanã. No total, são 19 títulos - três deles conquistados sobre rivais cariocas.

A lista aumentaria de tamanho se fossem relacionados os jogos dos Estaduais. Esses em que a paixão e a rivalidade crescem e ganham em emoção. Nessa relação estão muitos dos 333 gols de Zico, do Flamengo, o maior artilheiro do Maracanã; a vibração de Cocada, do Vasco, em 1988; o gol de barriga de Renato, pelo Fluminense, em 1995; a cavadinha de Loco Abreu, do Botafogo, em 2010.

70 anos, infinitas histórias.

Tags