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"Depois de Atenas eu precisava resgatar metade de mim", relembra Zé Roberto

Técnico falou sobre adiamento das Olimpíadas e dificuldade em manter o projeto em Barueri

Até para o incansável José Roberto Guimarães, que completa 66 anos nesta sexta-feira, está chegando a hora de de despedir do comando da seleção brasileira de vôlei. Ano que vem, em Tóquio, o treinador disputará sua sétima Olimpíada. Foram duas edições como técnico do time masculino e outras quatro comandando as mulheres. No balanço, soma três medalhas de ouro, o que dá a ele o status de único técnico tricampeão olímpico - Barcelona 92 com os homens, e Pequim 2008 e Londres 2012 com o time feminino. Nesta sexta, 31 de julho.

Convidado desta semana do podcast Jornada das Estrelas, Zé Roberto falou a Bruno Souza e Marco Freitas sobre os planos para sua última Olimpíada - adiado em um ano por conta da pandemia do coronavírus - lembrou de momentos importantes nas quadras e da dificuldade que seu projeto em Barueri vem enfrentando.

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Sobre o adiamento das Olimpíadas em um ano, o treinador não acredita que o impacto será grande em seu elenco.

- Temos que lembrar que isso atingiu a todos, e não só nosso time. Algumas jogadoras tinham planejado que se tornariam mães depois das Olimpíadas, e ainda estamos conversando sobre isso. Mas o Brasil tem time para jogar de igual para igual com qualquer outra equipe do planeta se ninguém se machucar - disse Zé Roberto.

O chaveamento para as Olimpíadas de Tóquio, na qual o Brasil caiu no grupo teoricamente mais fácil, não agradou o treinador. As brasileiras enfrentarão Sérvia, Japão, Coreia, República Dominicana e Quênia na primeira fase.

- Em 80, 90 por cento das vezes, o campeão sai do grupo mais difícil. Na nossa chave, a Sérvia é o time mais forte, elas são as favoritas. Depois nós temos o Japão e Coreia, e sabemos que temos dificuldades em jogar com times asiáticos. Justamente por isso, eu realmente espero que elas estejam no auge da forma. Quanto mais testadas estivermos, melhor será para nós. Essa história de ganhar tudo de 3 sets a 0 não é boa, não corresponde à realidade - apontou o técnico.

Sobre o time titular, Zé Roberto dia não saber quem serão as sete que estarão em quadra na estreia olímpica, mas declara que sua equipe se apoia em três pilares.

- Nosso time não tem um contingente enorme para que a gente possa esbanjar. Gabi, Natália e Tandara são os três pilares da seleção, mas nos últimos anos não contamos com as três juntas por conta de lesões. Além delas, uma quarta poderia ser a Thaísa que fez um belo trabalho no Minas. Com as três em condições de jogo, temos potencial para encarar qualquer time. Essa história de levar só 12 atletas para uma Olimpíada tem de mudar urgente. Em todas as competições nós levamos 14 atletas, e no momento mais sublime do esporte você precisa cortar duas. A gente acaba levando as que jogam mais como coringas - ressaltou o técnico.

Durante a conversa, o treinador lembrou de um dos momentos mais complicados no comando da seleção brasileira. Foi na semifinal de Atenas 2004, quando o time desperdiçou cinco match points para a Rússia e perdeu a chance de disputar o ouro.

- Depois daquilo eu me mantive na seleção porque eu precisava encontrar uma resposta. Eu precisava entender por que não caiu uma daquelas cinco bolas. Precisava resgatar uma metade de mim e conseguir uma medalha de ouro com o time feminino. E eu sabia que com aquele grupo aquilo era possível, eu sabia que aquele time tinha algo a mais. Esse algo a mais deu a resposta em Pequim 2008. Aquele grupo era coração, era a realização de um sonho - lembrou Zé Roberto.

Sobre o cenário nacional, onde comanda o projeto do time de Barueri, Zé Roberto fez um apelo. Apesar de a equipe ter sido campeã paulista ano passado, o técnico aponta dificuldades para manter o grupo.

- Nosso projeto passa por dificuldades, e não só por conta da pandemia. O São Paulo diminuiu o orçamento. Se alguém quiser ajudar o projeto, estamos abertos para conversa. Não ganho nada há quatro anos, e tiro do bolso para manter o projeto porque o importante é manter essas meninas lá - conclui o treinador.

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