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HOME > esportes > INTERNACIONAL

Várias novidades e chuva fazem GP da Austrália ficar ainda mais desafiador

Depois do que aconteceu nesta sexta-feira, missão dos pilotos na abertura da temporada será mais difícil na pista

Se o desafio dos 22 pilotos e das 11 equipes de F1 já era grande

na etapa de abertura do Mundial, em Melbourne, por conta das novidades

importantes no regulamento, depois do que aconteceu nesta sexta-feira, no

primeiro dia de treinos no Circuito Albert Park, esse desafio cresceu

enormemente.

A chuva nos dois treinos livres, de uma hora e meia cada um, de

manhã e à tarde, transferiu para a última sessão livre de amanhã, de apenas uma

hora, a possibilidade de obter todos os dados a fim de preparar o carro para a

classificação e a corrida. A chance de um resultado surpreendente no GP da

Austrália ficou ainda maior.

A terceira e última sessão livre começa à meia-noite desta

sexta-feira. A classificação, amanhã, será às 3 horas e a corrida, domingo, às

2 horas, horários de Brasília. A previsão é de melhora na condição

meteorológica.

A essa altura, se tudo seguisse o roteiro mais natural das

corridas, depois de três horas de treinos pilotos e engenheiros teriam

referências seguras de, por exemplo, quantas voltas os novos pneus Pirelli

supermacios e macios suportam na pista australiana.

A liberdade de escolha dos pneus, este ano, fez que com a

maioria dos times tenha muitos jogos desses pneus mais macios, os que garantem

maior velocidade, mas em compensação, menor autonomia. E saber o que eles

permitem fazer em Melbourne é um dado essencial não apenas para elaborar a

estratégia de classificação e corrida como ajustar o carro ao traçado de 5.303

metros e 16 curvas.

Lewis Hamilton, da Mercedes, tem seis jogos dos supermacios e seis

dos macios, além de um médio. Sebastian Vettel, da Ferrari, seis dos supermacios,

cinco dos macios e dois médios. Felipe Massa, da Williams, sete supermacios, cinco

macios e um médio. Felipe Nasr, da Sauber, seis supermacios, cinco macios e dois

médios.

Os pilotos que deixaram os boxes nas duas sessões livres deram

poucas voltas e na maior parte do tempo usavam os pneus intermediários, por

causa de haver água no asfalto. Alguns deram poucas voltas com os macios, no

fim das duas sessões, como Lewis Hamilton, da Mercedes, mas em ritmo bem mais

lento do que poderiam fazê-lo no piso completamente seco. E a temperatura do

asfalto variou de 18 a 28 graus, bem mais baixa do esperado para amanhã,

tornando a experiência pouco válida como ensinamento para trabalhar no acerto

do carro.

Com tão pouco tempo de atividade de pista, ou nenhum, como no

caso da Williams e Sauber, no treino da tarde, nada da extensa programação das

escuderias foi feito a fim de descobrir as melhores respostas ao desafio dos

pneus, da quase proibição de conversas no rádio, do novo e complexo formato da

definição do grid e até da transferência de responsabilidade ainda maior da

largada para o piloto, tudo imposto este ano pelo regulamento.

Um exemplo das dificuldades que os 22 pilotos irão enfrentar e

poderiam ter sido simuladas nos treinos livres, ao menos em parte, é o que os

aguarda, amanhã, na sessão de classificação. Charlie Whiting, delegado da FIA

para a F1, esclareceu que se o piloto estiver numa volta lançada e os 90 segundos

eliminatórios acabarem, o tempo do piloto na volta não completada não mais será

considerado. O que vale é o tempo de cada piloto no instante que o "gongo

soar".

Só para lembrar, a sessão de classificação segue sendo disputada

em três seções, Q1, Q2 e Q3. No Q1, depois de 7 minutos, o piloto com o pior

tempo, no momento sinalizado na tela do computador, será informado para deixar

a pista. E depois a cada 90 segundos ocorre o mesmo com o piloto mais lento. No

Q2, será depois de 6 minutos e no Q3, 5 minutos.

Na sessão da tarde, nesta sexta-feira,Nico Rosberg, da

Mercedes, decidiu, por conta própria, com explicou depois, ir à pista para

sentir o modelo W07 Hybrid no molhado. Mas ainda no início do treino cometeu um

erro que poderia ter custado caro a sua pretensão de iniciar o Mundial abrindo

luta com Hamilton pela pole position e vitória.

Começar bem o ano

Na pré-temporada, Rosberg disse não poder repetir, este ano, o

fraco começo do campeonato do ano passado. Foi apenas no fim do ano que se

impôs, com seis pole positions e três vitórias seguidas, mas já era tarde,

Hamilton celebrou o bicampeonato, terceiro título na carreira no GP dos EUA, o 16º do calendário de 19.

Ao sair da curva quatro, no Circuito Albert Park, quando a

maioria estava nos boxes, Rosberg perdeu o controle do seu Mercedes e colidiu

no muro, danificando o aerofólio dianteiro. Mas o dano pode ter sido maior.

- Acelerei muito. Eu escolhi entrar na pista. Portanto total responsabilidade

minha - disse Rosberg, que depois comentou ter tido sorte por os adversários também não poderem

aproveitar o treino em razão da chuva.

Hamilton não perdeu a chance de lançar uma farpa ao companheiro

já no início da disputa.

- As condições do circuito eram bem difíceis e não era

preciso, nem necessário, deixar os boxes e cometer erros graves. Amanhã

provavelmente vai estar seco - afirmou o inglês.

A guerra psicológica entre os

dois pilotos da Mercedes, bastante ativa em 2014 e morna em 2015, tende a ser

retomada, agora, em toda sua intensidade.

O contrato de Rosberg termina no fim do ano e mostrar-se em

condições de ser campeão, lutar com Hamilton, pode ser o que Toto Wolff e Niki Lauda,

diretores da Mercedes, desejam para renovar seu compromisso com a escuderia

mais eficiente da F1.

Amanhã, à 1h (de Brasília), é quanto os pilotos terão para fazer o que

deveria ter sido realizado hoje em três horas. Se as novas regras geravam

incerteza no que poderá acontecer em Melbourne, agora ficou ainda mais difícil

para os profissionais da F1 projetarem o restante do fim de semana.

Uma pista, porém, já foi dada pela Mercedes, no treino da tarde.

Hamilton deixou os boxes com os pneus intermediários. Outros pilotos já haviam

completado 7, 8, 9 ou mais voltas com o mesmo pneu, a exemplo de Kimi

Raikkonen, Ferrari, e Daniel Ricciardo, RBR.

O inglês na

primeira volta procurou entender as condições da pista, esquentar os

pneus para, na seguinte, acelerar e já na terceira regressar aos boxes.

Esse exercício foi o suficiente para lhe deixar com o melhor tempo da

sessão.

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