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Terezinha Guilhermina queima largada na final e fica sem medalha nos 200m

Nos 100m, brasileira amargou a quarta colocação e disparou contra rival britânica

Mesmo que as concorrentes fossem mais rápidas, Terezinha Guilhermina sempre frisava que ela mesma era sua maior adversária. Ficou com a britânica Libby Clegg entalada na garganta devido a uma polêmica nas semifinais dos 100m, mas seguiu bradando que, nos 200m, a conquista do tricampeonato paralímpico passaria apenas por seu próprio desempenho. Quis o destino que as palavras da brasileira ganhassem contornos irônicos. Ao queimar a largada na final, Terezinha foi desclassificada e, assim como na prova mais rápida, ficou fora do pódio.

Sem a presença da brasileira, Clegg, campeã nos 100m, voltou a ser a mais rápida. Com o tempo de 24s51, ela e seu guia conquistaram o ouro com direito a recorde paralímpico. O pódio teve ainda duas chinesas. A prata ficou com Cuiqing Liu, com 24s85, enquanto Guohua Zhou levou o bronze com 24s99.

O resultado é decepcionante principalmente porque a brasileira conseguiu os melhores tempos tanto da fase classificatória quanto da semifinal. A confiança pelo desempenho na pista se refletia nas palavras nas entrevistas concedidas na sequência.

Para a final desta terça-feira, Terezinha chegou animada. Quando entrou na pista acenou sorridente para o público junto com o guia Rafael Lazarini. Mandou beijos, fez um coração com as mãos. Posicionada no bloco de largada, saiu antes do tiro de partida. A organização ainda demorou alguns segundos para confirmar a desclassificação e mostrar o cartão vermelho. Terezinha aplaudiu o público, fez novamente o coração e se retirou da área de competição.

Como as provas para cegos possuem apenas quatro finalistas para que haja raias suficientes para atletas e guias, a eliminação da brasileira deixou todas as competidoras remanescentes com medalha garantida. Faltava apenas definir a ordem. Clegg mais uma vez voou para garantir o ouro, o segundo dela na Rio 2016.

Na semana passada, Terezinha havia ficado sem medalha nos 100m e alimentou uma polêmica envolvendo da britânica, que chegou a ser desclassificada por uma suposta ''puxada'' de seu guia, mas teve a punição revogada. A brasileira disparou várias vezes contra a organização, alegando que o resultado era injusto e que não tinha se preparado para ''correr contras homens''.

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