O sólido quarto lugar de Charles Leclerc no GP de Portugal deu um certo alento aos torcedores da Ferrari em meio a uma péssima temporada. Só que para quem pensa que a equipe italiana já tem colhido informações importantes para ter no carro a ser usado em 2021 (que por regulamento será o mesmo de 2020, com alterações) e já planeja voltar a disputar o título, o chefe Mattia Binotto jogou um balde de água fria. Por tabela, também jogou a toalha...
- Realisticamente, em 2021, não vamos voltar a lutar pelo campeonato mundial. Penso que nosso objetivo é tentar chegar ao pódio regularmente. Em 2022 será a grande descontinuidade (de regulamento) e a oportunidade de reorganizar as cartas - disse Binotto à TV italiana Sky.
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Binotto também acha prematuro dizer que a melhora de rendimento do carro seja porque, de fato, a as evoluções introduzidas no modelo SF1000 têm surtido efeito ou se as características do circuito de Portimão casaram melhor com o conjunto:
- Temos de verificar se foi por causa do carro ou do circuito, mas achamos que estamos na direção certa. Tenho certeza de que essa equipe ainda está viva e vamos dar um passo à frente. É o momento certo para uma mudança forte, então, quando todos pudermos trabalhar na aerodinâmica de 2022 a partir de janeiro, será um grande desafio.
No próximo fim de semana, a Ferrari terá a chance de buscar um resultado mais digno em casa, já que disputará o GP da Emilia-Romagna, em Imola (Itália). Até o momento, o time não alcançou nenhuma vitória na temporada, e o máximo que conseguiu foram dois pódios com Leclerc, que foi o segundo colocado numa das provas de Spielberg e terceiro numa das corridas em Silverstone.
A Ferrari é apenas a sexta colocada no Mundial de Construtores, com 93 pontos. A primeira equipe à sua frente é a Renault, com 120. Líder do campeonato, a Mercedes tem 435, ou seja, a Ferrari somou apenas 21% dos pontos da adversária em 2020.