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Ex-chefe da Ferrari lamenta "divórcio doloroso" da equipe italiana com Vettel

Ross Brawn comenta desgaste no fim da relação entre a escuderia e o tetracampeão, que faz sua última temporada pela equipe em 2020

Em seu último ano de contrato, o tetracampeão Sebastian Vettel não vive dias de harmonia com a Ferrari. No GP da Espanha, disputado no Circuito de Barcelona, o piloto se desentendeu pelo rádio com a equipe ao ser questionado sobre qual estratégia ele gostaria de seguir na prova. Ross Brawn, atual diretor esportivo da F1 e ex-chefe da Ferrari, lamentou o azedamento na relação do alemão com a escuderia, que chamou de "um doloroso divórcio".

- É difícil ver Sebastian e a Ferrari passarem por isso sem darem a devida importância agora, com os dois lados sabendo que o fim de sua relação já está próximo. Eles estão naquele período de um divórcio em que os papéis estão na mesa, mas o processo não terminou. É muito estranho - comentou Brawn, em sua coluna no site oficial da categoria.

Ross Brawn, que já ocupou a mesma função na Mercedes entre 2010 e 2013 e foi proprietário da Brawn GP na temporada de 2009, também foi diretor da Ferrari entre 1997 e 2006, durante a "era Schumacher".

Com a experiência acumulada no comando, o britânico reforçou a importância da boa relação entre o time e o piloto nos resultados dentro da pista e, sobretudo, a responsabilidade das equipes em remediar situações como a vivenciada por Vettel e pela escuderia italiana.

- A química entre um piloto e sua equipe são muito importantes. Você é parte de um time, se dá bem como um time, e falha como um time. Lidar com essa dinâmica é sempre um desafio. Quando um piloto ouve que ele não é mais útil, é um dos momentos mais difíceis para a equipe. Ele sabe que você não o quer mais e as falhas começam a aparecer rapidamente. Da minha própria dolorosa experiência, sei que pilotos nessa situação podem ser difíceis de se lidar. Cabe à equipe lidar com isso da melhor forma que podem - pontuou Brawn.

Alemão minimiza desentendimento em rádio

Apesar do tortuoso começo de temporada, Vettel teve um bom resultado no GP da Espanha. Terminou a prova em sétimo lugar e, com o abandono de Charles Leclerc, foi o único responsável por trazer pontos para a Ferrari na etapa.

Perto do fim da corrida, porém, o piloto foi surpreendido com uma mudança repentina na estratégia da equipe, que até então, não seria de uma parada só: pelo rádio, Vettel foi questionado sobre o que achava de seguir até o fim da prova com os pneus macios.

Em resposta, o alemão disse que a equipe poderia tê-lo avisado três voltas antes - por volta do 48º giro, a Ferrari havia solicitado que ele não economizasse nos pneus.

Apesar do desentendimento, que foi ao ar durante a transmissão, Vettel não acha que a Ferrari precisa rever sua forma de comunicação durante a corrida. O piloto justificou que a mudança na estratégia foi um risco que ambos escolheram tomar e se mostrou conformado com o resultado:

- Não, acho que não. Há coisas que nós sempre podemos melhorar. Mas acho que a coisa mais importante é que nós concordamos em correr o risco, e obviamente pagamos por isso. De onde nós estávamos, não havia muito o que perder. É normal se comunicar. É estranho julgar porque quem quer que esteja selecionando quais transmissões de rádio vão ao ar ou não, é difícil saber o que está sendo dito e ver a coisa como um todo. Não foi nada excepcional hoje, obviamente foi muito sobre lidar com os pneus aqui, e no final, tomamos a decisão e ficamos presos a ela, então, tudo bem.

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