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Com "olé" e despedida de geração de ouro, EUA eliminam Argentina

Depois de o Brasil deixar a competição na primeira fase com derrota dos argentinos, brasileiros adotam americanos na vitória por 105 a 78

A presença dos astros da NBA, a liga americana de basquete, que formam a seleção dos Estados Unidos nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, não é apenas uma formalidade em busca de mais um título. Eles precisam ir além, apresentar os atributos que fazem deles atletas espetaculares e conquistar vitórias capazes de demonstrar na prática a sua superioridade sobre o resto do mundo. Nesta quarta-feira, na Arena Carioca 1, pelas quartas de final da competição, finalmente fizeram um pouco disso. Driblaram, enterraram e defenderam como estão acostumados, deram uma lição na Argentina, venceram por 105 a 78 e conquistaram de vez a torcida brasileira, que apoiou o time em inglês, puxou gritos de "olé" e "eliminado". Na semifinal, sexta-feira, o adversário será a Espanha, derrotada por eles nas duas últimas finais olímpicas, em 2008 e 2012.

O jogo marcou a despedida de uma geração de ouro do basquete argentino. Alguns atletas, como Scola e Delfino, que estiveram em quadra, não devem mais defender a seleção. Por isso, mesmo com a derrota, a torcida fez questão de homenagear os jogadores. O mais emocionado foi Manu Ginóbili, que saiu chorando da Arena Carioca 1. Ele foi um dos líderes da equipe que conquistou a histórica medalha de ouro em Atenas-2004.

Foram 27 pontos de Kevin Durant, que acertou sete de nove arremessos de três pontos. Além disso, contribuiu com sete rebotes e seis assistências. Paul George e DeMarcus Cousins marcaram 15 cada. Luis Scola, com 14 pontos e sete rebotes, liderou os argentinos, que são eliminados pelos americanos pela terceira edição seguida, sendo que nas duas anteriores o encontro aconteceu nas semifinais.

Havia uma expectativa sobre como os Estados Unidos reagiriam às incertezas despertadas depois da campanha na fase de classificação. Diante deles, um adversário que desperta calafrios. A Argentina foi a primeira seleção a bater uma seleção americana formada por astros da NBA, no Mundial de 2002. O começo foi assustador. Os argentinos chegaram a abrir 19 a 9, depois de seis minutos de jogo, a maior diferença encarada pelos americanos na competição até então.

Os americanos então resolveram jogar e, com uma defesa espertacular, tomaram conta do jogo. Fizeram uma parcial de 27 a 2 entre o final do primeiro quarto e o começo do segundo, que irritou o técnico argentino Sergio Hernandez. A Argentina ficou cinco minutos sem pontuar e teve espaço até para jogadas mais soltas, como duas infiltrações com dribles desconcertantes de Durant e Kyrie Irving. Os Estados Unidos chegaram a colocar 25 pontos de vantagem (54 a 29) e chegaram a 56 a 40 depois de dois períodos.

As jogadas mais trabalhadas dos americanos apareceram e isso fez com que os torcedores ficassem ainda mais ao lado dos astros da NBA como não havia acontecido ainda nos Jogos Olímpicos. Os brasileiros no ginásio apoiaram desde o começo os americanos, com gritos de "USA" (Estados Unidos) e "defense" (defesa), muito usado na NBA. Não só pela rivalidade, mas também pelo fato de a derrota da Argentina para a Espanha na fase de classificação ter eliminado o Brasil. As provocações foram grandes das duas partes.

Diante do cenário, não houve qualquer chance de reação para os argentinos. Apesar da grande desvantagem, tentaram buscar o jogo sem ter muita saída. O clima até chegou a esquentar entre Campazzo e DeAndre Jordan, mas nada que perturbasse os senhores do jogo. Durant continuou fazendo suas cestas de três, e a defesa distribuiu tocos até cansar de vez os adversários. A diferença chegou a 27 pontos, e os Estados Unidos fecharam o período vencendo por 87 a 61.

O último quarto reservou um descanso para os principais jogadores dos Estados Unidos. Durant, Irving e Klay Thompson acompanharam a tranquila vitória sentados no banco. Os torcedores argentinos tentaram demonstrar seu apoio mesmo na derrota, os brasileiros responderam e o ginásio ganhou ares de estádio de futebol. Em quadra, no entanto, festa apenas para os americanos, classificados, enquanto Brasil e Argentina apenas acompanharão o show dos melhores do mundo no restante da competição em busca de mais uma medalha de ouro para a coleção.

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