O alagoano e ex-técnico do ASA, Ricardo Silva, deixou de figurar na editoria de esportes para estampar as páginas policiais. Isso, porque ele se envolveu em uma trama amorosa com mãe e filha e acabou parando na delegacia acusado pela ex de estupro.
O caso teve seu estopim na manhã dessa quarta-feira, 11, quando Ricardo, hoje com 64 anos, foi até a 9ª Delegacia Territorial (Boca do Rio) para prestar esclarecimento sobre uma suposta denúncia de estupro contra ela. Antes disso, ele teria sido flagrado pela sua ex-companheira, uma mulher de 37 anos, se relacionando afetivamente com a filha dela, uma jovem de 19 anos.
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Ao ver seu antigo companheiro com a sua filha, ela teria "perdido as estribeiras" e partido para cima dele. Segundo o advogado de defesa de Ricardo Silva, Diego Spinola, ela teria tentado até o estrangular o rapaz com uma espécie de corda.
"Ela foi para cima dele, agrediu-o e o chamou de estuprador. E aí teve toda aquela situação. Os policiais chegaram lá, convidaram-no a ir para a delegacia prestar esclarecimento, mas chegando lá, descobrimos que não tinha nenhuma ocorrência registrada. Pelo contrário, fizemos um registro de ocorrência contra a mãe da suposta vítima.[...] Ela agrediu com socos, estrangulamento, além de alguns crimes contra a honra, ameaçou meu cliente", explicou.
Na versão contada pelo ex-treinador, ele e a mulher viveram um relacionamento amoroso, mas estavam separados havia algum tempo. No período em que eles ficaram juntos, Ricardo se aproximou muito de toda a família. No entanto, durante a separação dos dois, a filha de sua ex-cunhada retornou do exterior e Ricardo e a novinha engataram um namoro escondido.
A relação iniciou há aproximadamente 1 ano, quando a jovem já havia completado os 18 anos. Só que, mesmo assim, a mãe não teria gostado muito de ter sido trocada pela filha e o acusou de estupro.
Em nota, a Polícia Civil informou que "um termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) foi lavrado na Central de Flagrantes contra uma mulher de 37 anos, suspeita do crime de injúria".
De acordo com o registro de ocorrência, policiais militares foram acionados para atender uma situação de estupro no bairro Costa Azul. Ao chegar ao local, a mulher acusou seu ex-companheiro de estuprar a sua filha. Oitivas estão em andamento para elucidação do ocorrido. O caso será encaminhado ao Juizado Especial Criminal (Jecrim).
Apesar de mencionar apenas o crime de injúria, Spinola salienta que tem muito mais coisas. Os delitos são "lesão corporal, ameaça, injúria e calúnia".
Em nota, a defesa ainda salientou que "Ricardo Neto da Silva vem a público informar que, ao contrário do que tem sido divulgado, o Sr. Ricardo não foi preso e, voluntariamente, compareceu à delegacia de polícia, acompanhado pelos policiais, para prestar todos os esclarecimentos necessários acerca das acusações que lhe foram injustamente atribuídas".
Além de negar "qualquer envolvimento nos atos criminosos que lhe foram atribuídos, reafirmando que jamais praticou o crime de estupro ou qualquer outra conduta ilícita"
Leia nota na íntegra:
“Em compromisso com a verdade, a defesa e o Sr. Ricardo Neto da Silva vêm a público informar que, ao contrário do que tem sido divulgado, o Sr. Ricardo não foi preso e, voluntariamente, compareceu à delegacia de polícia, acompanhado pelos policiais, para prestar todos os esclarecimentos necessários acerca das acusações que lhe foram injustamente atribuídas.
Até o momento, não há qualquer registro de ocorrência em seu desfavor relacionado ao crime de estupro. Pelo contrário, foi o Sr. Ricardo quem registrou um boletim de ocorrência contra a genitora da suposta vítima, em virtude das agressões, ameaças e ofensas sofridas.
Dessa forma, o Sr. Ricardo Neto da Silva nega categoricamente qualquer envolvimento nos atos criminosos que lhe foram atribuídos, reafirmando que jamais praticou o crime de estupro ou qualquer outra conduta ilícita.
Por fim, o Sr. Ricardo coloca-se à inteira disposição da Justiça para fornecer quaisquer esclarecimentos adicionais e colaborar para o completo esclarecimento dos fatos, com a convicção de que sua inocência será plenamente comprovada.”