O técnico regatiano Mazola Júnior protagonizou uma entrevista com tom de despedida no vestiário do Rei Pelé, na noite deste sábado, após a vitória do CRB por 3x0 sobre o Luverdense, no último jogo da temporada. Mazola reforçou que um problema de ordem pessoal o impede de permanecer no Galo para o ano que vem. Contudo, afirmou que ainda iria conversar com o presidente regatiano Marcos Barbosa para definir seu futuro.
Mazola também afirmou que vai participar de um curso de aperfeiçoamento no interior do Rio de Janeiro, despistando sobre suposto interesse de outros times. Ainda no Rei Pelé, ele foi homenageado pela direção regatiana com uma placa em alusão aos 100 jogos que completara pelo clube. Ao receber a placa, o treinador por vezes lembrado pela aspereza de suas palavras não conteve a emoção.
Leia também
"Não há nenhuma pressão. Ainda vou conversar com o homem da caneta, que se chama Marcos Barbosa. A relação com o presidente foi maravilhosa, de muito respeito e honestidade. Foi, sem dúvida, o melhor com quem eu já trabalhei. E isso no futebol, hoje em dia, é raríssimo. Portanto, serei grato pelo resto de minha vida", afirmou Mazola, acrescentando que sua permanência "talvez não seja o melhor para o CRB".
"Conversei com o Alarcon [Pacheco, gerente de futebol] sobre o que seria melhor para o CRB. Não adianta ser bom apenas para mim. Tenho um problema sério a resolver. E não posso representar um problema para o clube. Por isso, talvez a minha permanência não seja a melhor opção", emendou o treinador regatiano.
Ainda na coletiva de imprensa, Mazola disse que não terá férias até o início da temporada que se avizinha, pois, seguirá para curso da CBF em Teresópolis-RJ "Quero me aperfeiçoar, apesar de saber que, em 17 meses, dei tudo o que podia ao CRB, que deu um salto qualitativo muito grande, enquanto instituição. Fizemos o melhor campeonato de Série B na história do clube", analisou.
Já com relação à suposta falta de comprometimento de parte dos jogadores em determinada fase da competição, Mazola desconversou. "Agora é muito fácil acusar qualquer situação. Isso não faz parte do meu perfil. Quando é preciso, ajo na hora, no momento do problema. Em relação ao acesso [à Série A, que não veio], os jogos em casa complicaram nossa situação na tabela", concluiu.
App Gazeta
Confira notícias no app, ouça a rádio, leia a edição digital e acesse outros recursos
