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Secretário expõe dívida de R$ 10 milhões no CSA e Omar Coêlho nega

Em reunião realizada nessa terça-feira (6), conselheiros apresentaram planilhas com as dívidas do Azulão

Na noite dessa terça-feira (6), o Conselho Deliberativo do CSA realizou uma reunião extraordinária, no CT Nelson Peixoto Feijó, em Maceió, para discutir a situação financeira do clube e dar um pouco mais de detalhes sobre o futuro da diretoria executiva. Entre os diversos assuntos, veio à tona uma dívida de R$ 10 milhões, deixada pela gestão de Omar Coêlho. Mas, o ex-presidente negou veementemente e deve apresentar um relatório financeiro na próxima semana.

No final da última semana, o até então presidente Omar Coêlho pediu sua renúncia do cargo. No início da reunião, foi lida para os presentes a carta de renúncia de Omar, na qual a Gazetaweb.com havia adiantado, na última semana. Feito isso, a presidente Mírian falou sobre os dados do setor financeiro, fornecidos pelo Azulão.

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A Gazetaweb teve acesso a documentos apresentados na reunião, que mostram que o CSA teve cerca de R$ 29 milhões em receita durante a gestão de Omar. Contudo, no fim do mandato, as despesas do clube atingiram a marca de R$ 10 milhões. Só de folha salarial, o valor se aproxima dos R$ 800 mil mensais, enquanto o clube precisa desembolsar cerca de R$ 1,5 milhão apenas para multas rescisórias para os jogadores. Os números foram passados e confirmados por Alfredo Cortez, contador azulino.

Mírian Monte é a atual presidente executiva do Azulão
Mírian Monte é a atual presidente executiva do Azulão | Foto: Morgana Oliveira

Ouvido pela Gazetaweb, Christiano Beltrão, secretário geral do Conselho, informou que a gestão de Omar Coêlho havia assumido o CSA com R$ 2 milhões em conta. Também, segundo ele, tinham R$ 22 milhões a serem destinados à construção do novo CT. Com isso em caixa, de acordo com Beltrão, e mais os R$ 29 milhões de receitas da gestão de Coêlho, ao todo, são R$ 53 milhões. "O problema é que a gestão do Omar gastou esses valores todos e ainda deixou um déficit de R$ 10 milhões. É um absurdo!", declarou.

E ele prosseguiu, dizendo que já vinha alertando os conselheiros o tempo todo para esta situação financeira do clube, pedindo, inclusive, que as contas fossem apresentadas. "Vinha alertando há muito tempo, desde o começo do ano. Os conselheiros que não queriam. Então, botamos a cara para bater, eu e a Mírian Monte, porque não queriam, e a gente insistindo".

A reunião foi comandada pela presidente interina, Mírian Monte, que esteve ao lado de Christiano Beltrão e Rafael Tenório, atual presidente licenciado do Conselho. Desde a saída de Omar, o trio vem encabeçando as mudanças dentro do CSA. Durante a reunião, cerca de 60 conselheiros natos estiveram presentes.

Christiano Beltrão lamentou a situação financeira do CSA, revelando que está tão difícil que o CT, ainda em construção, pode até ter todo o seu gramado, que já foi plantado, perdido. "Para se ter uma ideia, a grama vai se estragar, se acabar todinha, se não comprarem um gerador com urgência para a irrigação do gramado".

Novo CT do CSA deve ser entregue com um certo atraso
Novo CT do CSA deve ser entregue com um certo atraso | Foto: Ailton Cruz

Além de todos esses imbróglios que cercam o clube marujo, Christiano Beltrão revelou à Gazetaweb que foram abertas 17 contas bancárias em nome do CSA. "Eu não sei para quê", disse, acrescentando que também foi feito um empréstimo no valor de R$ 1,5 milhão, no final da gestão de Omar Coêlho, sem a autorização do Conselho.

Ao ser questionado sobre os próximos passos, daqui para frente, Beltrão disse que serão formadas algumas comissões, como das obras do CT e da eleição. "A partir daí, as comissões vão verificar se existem esses débitos. Se existirem, vamos judicializar, colocar ele (Omar) na justiça, para ele responder. Tanto ele como o Gilson Romeiro (superintendente administrativo). E, caso seja comprovada essa situação financeira, eles dois podem até ser expulsos do Conselho", explicou, encerrando: "Mas vamos recostruir o CSA, com fé em Deus".

Quem também conversou com a Gazetaweb foi o ex-presidente Omar Coêlho. Principal alvo das críticas da torcida e do Conselho, Omar se defendeu das acusações e afirmou que na próxima semana será apresentado um relatório financeiro de sua gestão, que durou de dezembro de 2021, até o início deste mês.

Omar Coêlho e Rafael Tenório não se entendem no CSA
Omar Coêlho e Rafael Tenório não se entendem no CSA | Foto: Ascom CSA

"Na próxima semana, estaremos encaminhando o relatório de toda a gestão, que encaminharemos ao Conselho e a vocês da imprensa. O relatório vai colocar os pontos nos is", disse Omar.

O presidente não entrou em maiores detalhes, colocando que todas as informações irão constar no relatório. Contudo, deu uma explicação em relação ao empréstimo de R$ 1,5 milhão, e disse que não era necessária uma autorização do Conselho.

"O empréstimo foi tirado para pagamentos do clube e não havia necessidade de autorização do Conselho, pois nenhum bem foi dado em garantia. O CSA já havia feito outros empréstimos sem autorização do Conselho, do mesmo modo", pontuou.

Por fim, Omar confirmou que há, sim, um passivo, ocasionado até mesmo pelo rebaixamento. Contudo, discordou do valor de R$ 10 milhões, apresentado pelo Conselho.

Omar Coêlho prometeu informações sobre o financeiro do Azulão na próxima semana
Omar Coêlho prometeu informações sobre o financeiro do Azulão na próxima semana | Foto: Augusto Oliveira/FAF

"Eu recebi o CSA e não externei absolutamente nada da gestão passada, agi com ética e pensando no bem do clube e assim pretendo continuar, se necessário for. Acho que agora precisamos pensar no CSA, deixo um passivo, que discordamos do valor, mas que é insignificante para um clube de futebol, resultado da tentativa de salvar o clube do rebaixamento, que foi em vão", comentou.

Agora a expectativa da torcida é pela prestação de contas de Omar Coêlho. Em paz, o ex-mandatário azulino afirmou estar com a consciência tranquila, com o desenrolar da história.

"Estou com a consciência tranquila, fiz o meu melhor, se tivesse o apoio do Conselho ainda estaria no cargo e resolveria a questão no transcorrer do anos seguintes, mas quando percebi que o problema era eu, que não teria paz para gerir, que essa situação estava criando dificuldades na busca de novos investidores e causando prejuízos ao CSA, também sabendo que Rafael, o maior presidente da história, voltaria a nos comandar, nem pestanejamos", ironizou. E prosseguiu: "O CSA voltará, em breve, a estar em boas mãos, com quem tem capacidade de gerir o futebol".

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