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Retrospectiva 2021 do CRB: Mesmo sem títulos, Galo fez história na Copa do Brasil e na Série B

Além da mudança na presidência e no comando técnico, equipe vivenciou momentos bons e difíceis na temporada 2021

O ano de 2021 chega ao seu final e é hora de olhar para trás para repetir os acertos e corrigir os erros. No CRB, a temporada foi uma montanha-russa de emoções em todos os campeonatos que o clube disputou. Fazendo história em alguns e decepcionando em outros, o torcedor regatiano não vai esquecer tão cedo deste ano histórico.

Diferentemente de todo ano, 2021 começou com a reta final da Série B de 2020. Mas o Galo não foi bem e acabou por brigar contra o rebaixamento para a Terceira Divisão. Com o objetivo alcançado com algumas rodadas de antecedência, o clube começou a se preparar para a nova temporada.

No Alagoano, o CRB entrou com um objetivo claro: conquistar o bicampeonato sem sustos. E começou bem. Na Primeira Fase foi o melhor time, garantindo a classificação para as semifinais com três pontos de vantagem sobre o ASA, primeiro time fora da zona de classificação.

Na semifinal veio o primeiro susto do ano. Após vencer o primeiro jogo por 1 a 0 contra o Aliança, que contou com uma briga no vestiário entre jogadores, o Galo saiu atrás no placar no jogo da volta, no Rei Pelé. Porém, o time conseguiu a virada e se garantiu na finalíssima.

CRB perdeu o título do Campeoanto Alagoano de 2021 para o CSA nos pênaltis

E então, o primeiro baque do ano. O troféu seria disputado entre os maiores rivais do Estado. CRB e CSA fizeram duas partidas mornas, mas com emoção no final. Na ida, com mando azulino no Rei Pelé, a partida terminou empatada em 0 a 0. Mas foi na volta que a emoção apareceu. As equipes empataram em 1 a 1 e a taça foi decidida nos pênaltis. Jiménez e Jean Patrick perderam suas cobranças, defendidas por Thiago Rodrigues, e viram o rival fazer a festa com a taça.

TROCAS DE COMANDO

2021 também ficou marcado por trocas no comando da equipe e do clube no geral. Após perder o título alagoano, o clube decidiu demitir Roberto Fernandes e, antes que se iniciasse o Brasileirão, contratou Allan Aal para o comando do plantel.

Já no clube, algo que não se via há muito tempo aconteceu. Após 10 anos no cargo, Marcos Barbosa saiu de cena e o engenheiro Mário Marroquim foi aclamado como novo mandatário do CRB. Carlos Rubens (vice-presidente executivo), Enaldo Marques (coordenador do comitê gestor) e Fernando Paiva (subcoordenador do comitê gestor) completam a diretoria.

COPAS: DO INFERNO AO CÉU

O CRB disputou também as Copas do Nordeste e do Brasil com objetivos diferentes. Enquanto a vontade era conquistar o troféu do Regional, na Nacional o objetivo era chegar o mais longe possível para embolsar as gordas premiações.

No Nordestão, o Galo fez uma boa campanha na primeira fase, chegando a liderar o Grupo A, e se classificou sem sustos para as quartas de final. No mata-mata, encarou o Bahia e não teve chances. Foi derrotado com um sonoro 4 a 0 em Salvador e voltou para casa de mãos abanando.

Na Copa do Brasil, as coisas, porém, foram muito diferentes. Na primeira fase, acabo sofrendo um pouco, mas deixou o Goianésia pelo caminho, vencendo por 3 a 2. Na segunda fase, eliminou o Paysandu, jogando na Curuzu e vencendo por 2 a 1.

Na terceira fase, o CRB foi sorteado para enfrentar o poderoso Palmeiras. O Alviverde havia sido campeão da Libertadores e também era o atual campeão da Copa do Brasil. Um dos times mais ricos e poderosos do continente. Como diria André Henning, “o impossível aconteceu”. No Rei Pelé, na ida, os paulistas venceram por 1 a 0, mas poderia ter sido mais. Bolas na trave e grandes defesas de Diogo Silva garantiram o placar.

Em São Paulo, no Allianz Parque, a história foi diferente. Logo aos cinco minutos de jogo, Diego Torres aproveitou bobeada da defesa palestrina, acionou Ewandro na área e o atacante estufou as redes. O que se seguiu foi um bombardeio do Palmeiras, mas em noite mágica de Diogo Silva, a decisão foi para os pênaltis.

Então, o goleiro regatiano confirmou o papel de herói, defendeu cobranças e marcou a sua, garantindo o CRB nas oitavas de final pela primeira vez em sua história. Na fase seguinte, o Galo acabou pegando o Fortaleza e perdeu os dois jogos. No Castelão, 2 a 1 para os mandantes. No Rei Pelé, na volta, nova vitória do Tricolor de Aço, desta vez por 1 a 0.

SÉRIE B DO BRASILEIRO

Diferentemente da temporada de 2020, neste ano o CRB brigou de igual para igual com os adversários para classificação à elite do futebol nacional, do começo do campeonato até o término. O objetivo final não foi alcançado, a equipe bateu na trave, terminando o torneio na 7ª colocação, com 60 pontos, reflexo de 16 vitórias e 12 empates em 38 jogos, simplesmente o melhor ano da clube na era dos pontos corridos, desde da Segundona de 2016. Em síntese, a equipe viveu momentos bons e difíceis na competição nacional.

Como as aspectos positivos, o CRB ficou 37 rodadas lutando na primeira página da tabela de classificação, quatro na vice colocação, incomodando times como o Botafogo, campeão desta edição. Além disso, chegou a passar 11 rodadas de invencibilidade e ganhou o status de visitante indigesto, uma vez que obteve mais pontos atuando longe do Rei Pelé.

Diego Torres foi o principal destaque da equipe e um dos principais na competição. Com oito gols e nove assistências, o argentino, de 31 anos, foi o artilheiro e o garçom do Regatas em ano. Fez 12 gols em 55 jogos e deu ainda 13 assistências.

Em contrapartida, a campanha irregular em casa impediu a equipe de seguir na cola do pelotão superior na reta final da Série B e possivelmente de classificar. Depois de vencer o Brusque na 17ª rodada, a equipe passou nove jogos sem somar três pontos diante do seu torcedor. Foram seis empates e três baixas, campanha duramente criticada pela imprensa local e os torcedores.

O ataque também deixou muito a desejar, principalmente, Nicolas Careca e Júnior Brandão, a ponto de a torcida criticá-los. Foi neste momento que o comandante regatiano apostou em Emerson Negueba, o qual surpreendeu no fim, ajudando a equipe na reta final também na Copa do Nordeste. O CRB terminou a Série B de 2021 perdendo para o Operário, no Paraná, por 2 a 1.

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CRB