O ano de 2022 não foi nada bom para o CSA. Contudo, um novo ano já chegou e com ele vem uma nova esperança de coisas boas para o torcedor azulino. Após superar rebaixamento e um ano pobre de títulos, o Azulão vem motivado para fazer uma grande temporada e já tem um objetivo certo: acesso para a Série B do Brasileirão.
A reportagem conversou com a presidente interina do CSA, Mírian Monte. Comandando a equipe desde a saída de Omar Coêlho, Mírian reconheceu as dificuldades, mas já colocou um desejo de ano novo: "Duas estrelas na camisa".
Porém, até chegar ao sonho do acesso, há uma caminhada árdua. Inclusive, já no próximo dia 5, o Azulão terá um baita desafio pela 1ª fase da Copa do Nordeste. Mírian não falou apenas do planejamento dentro de campo, mas também fora dele.
"Iniciaremos o ano com um grande desafio: conquistar uma vaga na Copa do Nordeste. Depois, o Alagoano e o acesso à Série B. Faremos planejamento de curto, médio e longo prazos, mas viveremos cada obstáculo como se fosse o último; viveremos cada desafio com intensidade, indo de degrau em degrau em busca do sucesso. É preciso projetar o futuro, sem que nos descuidemos do presente e tendo o passado como lição dos erros que não podemos mais cometer", afirmou.
Mírian já tem um plano traçado, principalmente no tocante às altas dívidas do CSA. Para ela, o clube precisa de uma modernização e de profissionalização.
"Os objetivos principais, em termos administrativos, são: levantamento e planejamento para solucionarmos o passivo, captação de recursos, fortalecimento do futebol profissional, a conclusão do novo CT, que será referência para o futebol brasileiro, e a profissionalização do clube. Precisamos pensar o futuro, atualizar, porque o CSA precisa voltar a crescer e o modelo de gestão tem que evoluir. Não cabe mais, no futebol brasileiro, a visão de agremiações sem fins lucrativos", disse.
O ano de 2022 machucou muito o torcedor azulino. Queda e brigas nos bastidores marcaram negativamente o ano. Para Mírian, não foi diferente. Ela avaliou que as coisas ruins da temporada trouxeram alguns ensinamentos.
"O ano demonstrou a todos os azulinos que dinheiro não é tudo. Demonstrou que, para termos êxito se leva muito tempo, mas para desconstruir é rápido. Demonstrou que a dor ensina, mas não podemos permanecer com ela por muito tempo e precisamos dar a volta por cima. Terminamos 2022 com um déficit imenso, com um rebaixamento que piora a realidade financeira do clube e com uma obra paralisada. [...] No meu coração azulino, penso que o prato da balança pende para o lado da esperança", afirmou.
A mandatária azulina afirmou que a maior dificuldade para 2023 será superar a intensa crise financeira que o Azulão atravessa. Todavia, ela mostrou-se confiante com a melhora do clube.
"Superar a crise financeira [o mais difícil]. Porém, com gestão estratégica, responsável, com controle de despesas e trabalho direcionado à captação de recursos, com abertura a investidores, patrocinadores, é possível alcançar êxito. Tenho tido, nessa transição, a presença abnegada de Rafael Tenório e sua vivência, como grande empresário que é, também trará um norte", ressaltou.
Esperando um ano de batalhas e conquistas, Mírian mostrou-se otimista com o que está por vir e com o sonho do bicampeonato da Série C. Ela ainda deixou um recado especial para o torcedor azulino.
"Que em 2023 o grito que está preso na nossa garganta ganhe as arquibancadas e que voltemos a chorar de emoção a cada conquista. Que o verbo sofrer seja conjugado no passado e que o lema do nosso clube seja colocado em prática em todos os 365 dias: união e força".