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Ex-craques relembram glórias nos 100 anos do clássico das multidões

Meia Jacozinho e lateral-direito Carlos Melo destacam força do confronto entre CSA e CRB; historiador lembra causos do clássico

CSA e CRB se enfrentam mais uma vez neste domingo (21), no Estádio Rei Pelé. O clássico das multidões segue a movimentar as duas maiores torcidas do estado. E para alimentar a expectativa em torno do maior espetáculo de Alagoas no esporte, o Gazetaweb entrevistou dois ex-jogadores que se tornaram ídolos das torcidas azulina e regatiana: o professor Carlos Melo e o folclórico Jacozinho.

E não custa lembrar. Há 100 anos, nascia a maior rivalidade do futebol alagoano, quando, no antigo e modesto campo do Jacutinga, no bairro do Farol, CSA e CRB estiveram frente a frente em uma partida de futebol amistosa.

Os anos se passaram e a rivalidade cresceu na mesma velocidade do tiro disparado pelo então presidente do clube do Mutange, Oséias Cardoso, contra Ismael Acioly, ex-mandatário regatiano, após uma discussão no ano de 1919. É o que recorda o jornalista e historiador Lauthenay Perdigão, também ouvido pela

Gazetaweb

.

"Na ocasião, o presidente do CRB ficou hospitalizado por um tempo, mas não veio a óbito. A partir deste disparo de arma de fogo, rompeu-se o clima de amizade que até então era mantido pelos dois clubes", falou Perdigão, queacompanhou vários jogos memoráveis e que ajudaram a construir esta disputa centenária. 

"O primeiro jogo entre as equipes aconteceu em 1916, mas não se tem o número total de partidas. De com algumas fontes, o duelo terminou com uma massacrante goleada do CSA. Porém, é preciso fazer uma ressalva, pois, este foi um dos primeiros jogos do CRB no futebol", lembrou Perdigão, que espera ver a rivalidade restrita às arquibancadas do Trapichão, como ocorria à época em que as torcidas não se digladiavam.

Os craques

Do memorável Dida ao maestro Otávio Quadros. Do inesquecível Miguel Rosas ao artilheiro Zé Carlos. Em 100 anos de Clássico das Multidões, vários jogadores entraram para história não apenas pelo talento que exibiram com as camisas de CSA e CRB, mas também pela paixão com que costumavam entrar em campo - seja no Mutange, na antiga casa do Galo ou na maior das praças esportivas -, razão pela qual são lembrados até hoje.

Entre tantos nomes que desfilaram suas habilidades nos confrontos estão Deco, Luis Felipe Scolari, Paranhos e Catanha, que, com o CSA, consagrou-se na década de 90 e veio a brilhar na Espanha. Do lado regatiano, nomes como Jorge da Sorte, Joãozinho Paulista, Roberval Davino e Inha fizeram o torcedor alvirrubro vibrar.

E entre todos aqueles que sacudiram as arquibancadas está Jacozinho, que enfrentou o CRB durante os sete anos em que defendeu a camisa do CSA, na década de 80. Hoje radicado no Espírito Santo, Jacó falou àGazetawebque o clássico era o jogo em que a preparação do time era mais intensa, o que motivava ainda mais os jogadores.

"Foi uma época muito especial para mim. A rivalidade é muito grande e, na minha época, muitos dos jogadores estavam em seu auge técnico. As duas equipes eram muito qualificadas, e eu tive a felicidade de, em muitos clássicos vestindo a camisa do CSA, ter saído do Estádio Rei Pelé como vencedor", disse Jacozinho.

O folclórico meio-campista reforça que todos os jogos em que enfrentou o CRB foram importantes. Porém, que um jogo, em especial, ficou em sua memória. Isso porque, em 1985, em um dos clássicos, Jacozinho decidiu o jogo com um belo gol.

Irreverente, Jacó tinha o costume de batizar os tentos que marcava, denominando este de "Gol Domingone", em homenagem ao personagem humorístico criado por Jô Soares na década de 80.

E outro jogador que marcou a história do clássico foi o lateral-direito Carlos Melo. Atleta do Galo na década de 80, ele lembra que tudo que envolvia a partida diante do CSA era diferente. "Nossos dirigentes nos cobravam mais na semana do jogo. Lembro que nossa concentração era dias antes do duelo. Tínhamos toda a rotina modificada em razão do confronto" lembra.

No ano do centenário do CRB, em 2012, Carlos foi eleito o maior lateral da história do clube. Ele jogou pelo Galo entre os anos de 1983 e 1986. Em seu primeiro ano defendendo as cores regatianas, foi campeão alagoano em jogo contra o CSA.

E é exatamente um clássico contra o Azulão do Mutange que o ídolo regatiano tem guardado em sua memória. "Eu marquei um dos gols da nossa vitória na final do segundo turno do Campeonato Alagoano de 1983. Ainda naquele ano, sagrei-me campeão com a camisa do Galo", recordou Carlos, que, hoje, é professor numa escolinha de futebol de Maceió.

Os ídolos fazem um convite a todos os torcedores de CSA e CRB; confira vídeo:

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