O futuro do CRB está quase sacramentado. Nesta segunda-feira (16), após desistência da chapa encabeçada por Marcos Barbosa, o presidente do Conselho Deliberativo regatiano, Kennedy Calheiros, concedeu entrevista coletiva e explicou como será o passo a passo eleitoral, que deverá acarretar na permanência de Mário Marroquim no cargo de presidente para o quadriênio 2025/2028.
Agora, a diretoria executiva aguarda os trâmites de aclamação de Marroquim, que será candidato único, com a saída de Marcos Barbosa. Kennedy afirmou que a data para eleição segue mantida para o dia 18 de dezembro, próxima quarta-feira.
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"Primeiro agradecemos ao ex-presidente Marcos Barbosa por contribuir com o CRB. O dia da eleição permanece. Não havendo votação, será feito o processo de aclamação. Mas mantém-se no dia 18 de dezembro a partir das 18 horas".
Kennedy esteve ao lado do conselheiro Mário Peixoto e do advogado do Conselho Fiscal Luciano Guimarães. O presidente do Conselho revelou que houve um encontro entre as partes nesse domingo (15) e, nessa reunião, ficou definida a desistência de Marcos Barbosa.
"Surgiram duas chapas e não é comum no CRB. O clube se habituou a ter um consenso e uma junção. Depois de muito trabalho, de conversar com os grupos, ontem me encontrei com conselheiros e me pediram para rebarir conversas. Ontem, no final da tarde, fechamos um acordo. O Marcos, grande regatiano que é, ele disse que retiraria a candidatura dele", afirmou Kennedy.
Questionado sobre o momento do clube, Kennedy disse que é hora de união, após o entendimento entre os lados.
"Com certeza união. Conversei muito com o presidente Mário esse ano, onde estavam gargalos e erros. A função do presidente do Conselho é unir. Se cumprir aquilo que a maioria quer, dentro do CRB é democrático, eu não vejo porque teríamos oposição", pontuou.
Uma das mudanças relevantes para que houvesse o entendimento entre os candidatos, foi a inclusão de Roberto Fernandes na chapa da situação. O cargo ainda não foi anunciado. Kennedy Calheiros ainda admitiu que a decisão de retirar a candidatura foi de Marcos Barbosa.
"Partiu dele. Presidente Marcos viu que estava uma briga. É natural, CRB é grande. O futebol é uma coisa que cria o fanatismo. Marcos estava envolto de pessoas de bem. Ele viu que no momento, a continuação do presidente Marroquim seria o melhor para o CRB, com ele contribuindo e ajudando".
ESTATUTO
As polêmicas envolvendo o estatuto do clube foram um dos pontos que mais causaram discussão entre torcedores e conselheiros durante o período eleitoral.
Inclusive, as alterações nas datas do pleito, acabaram ocasionando na iniciativa de Marcos Barbosa de entrar na justiça comum na última semana. Kennedy Calheiros afirmou que o livro histórico do Galo deve sofrer modificações em breve.
"Ao final dessa eleição, o Luciano [Guimarães] vai refazer, ouvindo os regatianos, um novo estatuto. Houve um acordo entre os dois candidatos, o adiamento foi publicado. Eu só tomaria qualquer atitude com os dois assinando. Mas eu fui fiel ao que eu disse desde o começo. O estatuto, de todos os problema, ele é claro".
Kennedy, em entrevista à GazetaNews, explicou o motivo de querer essas mudanças.
"O mundo tem uma velocidade e uma dinâmica que não para. Precisamos ver o que não deu certo nesse estatuto que está, e as modernizações que precisam ter, que ficou exposta com toda essa situação eleitoral".