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Com campanhas distintas, CSA e CRB chegam "iguais" à decisão do título

Azulão tenta o 38º título de sua história, mas Galo quer driblar desconfiança e chegar a 29ª conquista

Neste domingo (1), CSA e CRB disputam mais uma final de Campeonato Alagoano. Os dois maiores rivais do estado de Alagoas chegam à fase decisiva do Estadual após campanhas distintas. Contudo, por se tratar de um clássico, nenhuma das equipes se arrisca a assumir a condição de favorita, ignorando os números para fazer jus, dentro de campo, à expectativa da torcida.

Se, por um lado, o Azulão encantou até aqui com um futebol leve e compacto, por outro, o Galo penou para avançar até a grande decisão. Oscilou quando não devia, mas manteve certa regularidade que lhe garantiu na quinta final consecutiva, número que o enche de moral para mais um confronto eletrizante.

Com uma campanha incontestável, para alguns, o time do Mutange até seria favorito, clima que, no entanto, parece passar longe do CT Gustavo Paiva, onde os comandados do técnico Oliveira Canindé têm preferido a política do "pés no chão". 

O atual campeão, por sua vez, tenta driblar a desconfiança, apegando-se ao histórico recente do clube que pode faturar mais um título sobre o arquirrival - o último foi em 2013, quando bateu o Azulão nos pênaltis. E como o CSA tem apenas a "vantagem" de ser o mandante no segundo jogo, o torcedor regatiano se enche de esperança, ainda a acreditar no poder de superação do time liderado por Mazola Júnior.

Campanha azulina

O CSA de 2016 começou a ser pensado ainda no ano passado, com a eleição do empresário Rafael Tenório para presidente do clube. Ao assumir, Tenório prometeu reestruturar o time do Mutange, de modo que o Azulão voltasse a disputar competições nacionais - o objetivo inicial, que era garantir a equipe nas copas do Brasil e do Nordeste, além de na Série D do Brasileiro, já foi alcançado.

O cartola comandou a montagem de um elenco com peças escolhidas a dedo pela diretoria e pelo técnico Oliveira Canindé, que retornou ao CSA com a missão de tentar o que não conseguiu em 2014, quando interrompeu a breve passagem - mesmo com boa campanha no Nordestão - para defender o América-RN. 

No Alagoano, o resultado veio logo no primeiro jogo oficial da temporada, com a equipe azulina vencendo o Penedense, em Coruripe, por 3 a 0.

De lá para cá, o time embalou uma sequência de cinco vitórias, interrompida no primeiro Clássico das Multidões do ano, que terminou empatado em 1x1. Mas o Azulão voltou a vencer, engatando nova boa sequência, de seis partidas, incluindo os dois importantes resultados sobre o maio rival. 

O time do Mutange só perdeu a sua invencibilidade de 13 jogos diante do Santa Rita, pela quarta rodada do hexagonal, quando derrotado, fora de casa, por 2x0. E para coroar a segunda fase do Estadual, o time ainda voltou a vencer o Galo, desta vez por 2 a 1.

Na fase de semifinais, o CSA enfrentou o surpreendente Murici, quase excluído da competição por causa do atraso na inscrição de seus atletas. Após dois jogos difíceis, o Azulão despachou a zebra e garantiu o tão sonhado calendário de competições.

E os números reforçam a boa campanha. O CSA já marcou 39 gols e ainda é o dono da defesa menos vazada da competição, com apenas 10 sofridos em 17 jogos.

Galo imprevisível

O CRB teve um início de ao promissor. O time que, no ano passado, fez a melhor campanha de sua história da Série B por pontos corridos - alcançou a 11ª colocação -, iniciou o Estadual como favorito à conquista do bicampeonato, mesmo com a saída de peças importantes, como os meias Gérson Magrão e Clebinho, além dos atacantes Zé Carlos e Maxwell. Isso porque o Galo se reforçou à altura, trazendo Dakson e Marcos Aurélio para o setor de meio-campo, enquanto dupla Lúcio Maranhão e Neto Baiano foram os reforços para o ataque.

Contudo, as contratações de impacto ainda não surtiram o efeito desejado, sobretudo pelo torcedor. Com três competições no calendário do primeiro semestre, o CRB sofreu com a maratona de jogos. O time que começou bem o Estadual, após golear o Murici por 5 a 1 e derrotar o ASA, em Arapiraca, por 2 a 0, começou a fraquejar, inclusive diante de adversários considerados "pequenos". 

E o sinal de alerta foi acionado quando da sofrida vitória sobre o Sete de Setembro, por 2 a 1. A pífia atuação foi um prenúncio da derrota que o time sofreria na sequência, para o Murici, no Estádio José Gomes da Costa, pela quarta rodada da fase de classificação.

Porém, mesmo sem um time "encaixado", com o técnico Mazola Júnior, inclusive, a se indispor com setores da imprensa, o Galo seguiu conquistando aquilo que mais importa no futebol: as vitórias. E em meio à desconfiança, veio a 9ª rodada, o novo desafio contra o CSA, e a goleada por 4 a 1, o suficiente para aumentar a ira do torcedor alvirrubro. 

Para piorar ainda mais a situação, o Galo ainda foi derrotado pelo CSE, na última rodada da primeira fase. Ainda assim, classificou-se como líder isolado de seu grupo. As vitórias continuaram a vir, mas não ao ponto de convencer a torcida de que o time estava pronta para a disputa de mais um título. Eis que uma nova derrota em casa para o Murici, por 3 a 1, seguida de mais um tropeço diante do maior rival, esquentaram o clima no Ninho do Galo.

Após a boa campanha na Copa do Nordeste - foi eliminado pelo Sport nas quartas de final -, o Galo - que segue na disputa da Copa do Brasil - chegou às semifinais e derrotou o Coruripe no primeiro jogo, por 2 a 0. Na partida da volta, em Coruripe, o time foi derrotado por 1 a 0, em mais uma duvidosa exibição, mas seguiu à grande final do Alagoano. 

Ou seja, com 28 gols marcados e 22 sofridos, o CRB chega pressionado à decisão, mas sabedor do que precisa fazer para proporcionar alegria ao seu torcedor, ainda na esperança de que é ele quem vai rir por último.

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