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Em frente ao condomínio de Bolsonaro, eleitores do presidente rezam e choram

Em meio à tristeza, houve contestação recorrente do resultado, críticas ao STF e discursos contra o feminismo, o comunismo e o que chamam de “ideologia de gênero”

A desolação e a incredulidade, pontuada por orações e demonstrações de fé tomaram conta dos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro com o anúncio do resultado final do segundo turno das eleições, com a eleição de ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como presidente. Concentrados em frente à residência de Bolsonaro no Rio, no condomínio Vivendas da Barra, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, muitos caíram em prantos e alguns lançaram dúvidas sobre a lisura das urnas, indispostos a aceitarem o resultado.

Desde quando Lula assumiu a primeira posição na contagem dos votos, pouco antes das 19h, eles entraram numa corrente de oração pela vitória de Bolsonaro, acreditando na virada. Muitos ajoelharam em prece e outros gritavam “vai dar certo!”. Acreditando ainda na vitória, uma pastora subiu ao carro de som antes do resultado e disse:

— Se Deus abriu o Mar Vermelho, ele pode conceder essa vitória.

Houve também quem ameaçasse "ir a Brasília acabar com o STF e com o ministro Alexandre de Moraes”. No carro de som, antes de rezarem uma Pai Nosso e uma Ave Maria, iniciaram discursos contra o feminismo, o comunismo e o que chamam de “ideologia de gênero”. O questionamento do resultado foi recorrente.

— A gente não acredita nesse resultado, porque vemos muito apoio a Bolsonaro nas ruas. Foi fraude — afirmou, também sem provas — disse a esteticista Fernanda Lopes, de 33 anos.

De acordo com o colunista Lauro Jardim, derrotado, Bolsonaro não quer receber ninguém. Um dos mais importantes ministros do governo procurou o presidente por volta das 21h. Pelo telefone, o tenente-coronel Mauro Cesar Cid, seu ajudante de ordens, informou que o chefe "subiu para o quarto" e "iria dormir".

Ministros e deputados que tentaram visitá-lo neste domingo após o resultado das urnas foram informados de que o presidente não deseja ver ninguém neste momento, nem seus aliados mais próximos.