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SUS PRECISA RESPIRAR

Para seguir salvando vidas, inclusive em Alagoas, o Sistema Único de Saúde pede socorro

Quando sete de abril chegar, o mundo vai registrar a passagem do Dia Mundial da Saúde. A escolha da data está relacionada à criação da OMS, em 1948, quando a ONU assim decidiu em assembleia. O tema deste ano é um reconhecimento global a milhões de profissionais que se dedicam na linha de frente de combate à Covid-19.

O registro é, na verdade, uma exortação geral em prol de mais investimentos e apoio aos serviços de saúde. Ainda mais num momento dramático em que até o respeitado sistema inglês NHS - National Health Service chegou à beira do colapso.

No caso do Sistema Único de Saúde, todos devemos fazer a nossa parte para salvá-lo. O SUS foi inserido na Constituição de 1988 e implantado em 1990, quando o presidente Fernando Collor sancionou a Lei Orgânica da Saúde - determinando assim a configuração do novo sistema.

Em momento tão grave da vida nacional, cabe a todos os brasileiros a responsabilidade pelo funcionamento de uma gigantesca estrutura pública e gratuita, que sempre foi referência internacional.

O maior programa de assistência médica do mundo está sob o desafio de seguir ativo, salvando vidas. Se foram mais de 85 bilhões de atendimentos em trinta anos, o que dizer da necessidade de ampliar ainda mais as 43 mil equipes do PSF, de modo a universalizar a cobertura?

Segundo os especialistas, a atenção primária estruturada pode solucionar algo superior a 80% das demandas das pessoas. Em relação ao bolso do contribuinte, vale muito o ditado no setor da saúde: ‘é melhor prevenir do que remediar’.

Para o SUS respirar, devemos agir no sentido de reduzir a transmissão do vírus. Desafogar os leitos é a luta diária em tom de apelo, enquanto se ganha tempo para a imunização em massa. E aí valem as recomendações quanto ao distanciamento social, de higienização das mãos e uso das máscaras protetoras.

Ao governo federal, ainda é tempo de realizar uma efetiva ação de comunicação de massa, prevista, aliás, no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19, lançado em dezembro passado.

E que bom seria que as peças já estivessem há tempo no ar, sendo interpretadas por personagens que se identificam com o cotidiano das pessoas. Em Alagoas, o sistema está em zona crítica de ocupação dos leitos de UTI, segundo a Fiocruz, e detendo a pior taxa de mortalidade do País, com mais de nove óbitos a cada dez intubados por Covid-19, conforme o site “Poder360”.

No sufoco, o SUS vai precisar de valorização e gestão eficiente. Patrimônio do povo brasileiro, agora necessita de salvamento para avançar protegendo milhões de vida. Ele é fundamental na disseminação da cura, através das doses de vacinas aplicadas em quase quarenta mil postos espalhados pelo País.