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HOME > notícias > EDITORIAL

Nota vermelha

Pelos sucessivos erros cometidos na educação, o governo Renan Filho já tem “nota vermelha”, sem mais tempo para recuperar-se

Há alguns anos, a Gazeta mobilizou sua equipe de repórteres para apurar a situação do ensino público de Alagoas. Logo se deparou com o problema de execução do Programa Escola 10. Enquanto o governo do Estado conclamava os municípios à união para “reerguer e educação e aumentar o Ideb”, as prefeituras o acusavam de calote pelo não pagamento da bonificação estabelecida.

Na sequência da apuração jornalística, a divulgação de estudo efetuado pela Fundação Ayrton Senna, que comparou e examinou cem gráficos do INEP e IBGE, de 2012 a 2017, relativos à educação em Alagoas. E o nosso Estado lamentavelmente apareceu como um dos que menos avançaram em várias faixas etárias, inclusive quanto ao ato de matrícula, ficando até abaixo da média do Nordeste.

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A conclusão do estudo? Sobre a matrícula por faixa etária, o dado revelou que, uma vez fora da escola e com baixa escolaridade, o prejuízo foi grande, a partir do fato de os jovens recorrerem ao mercado informal, sem perspectiva de progresso para o setor formal da economia. E olha que esse quadro caótico se registrou antes mesmo da pandemia.

Para confirmar a escalada da inapetência do governo Renan Filho, uma análise produzida pelo jornal Folha de S. Paulo, em 2018. O resultado atestou Alagoas como um dos Estados mais ineficientes do País, no que tange à relação entre recursos financeiros e cumprimento de políticas públicas. Para rebaixar Alagoas no quesito “gasta muito e entrega pouco”, o ranking de ineficiência levou em conta áreas essenciais, entre as quais a educação.

Já em 2019, a Gazeta comprovou outro absurdo: Alagoas havia devolvido ao governo federal quase R$ 27 milhões de reais. Os recursos voltaram aos cofres da União pelo fato de o Estado não ter apresentado projetos. Os números foram detectados no Portal da Transparência, sendo confirmados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

Se o imobilismo governamental não tivesse provocado a devolução da dinheirama federal, o alunado estadual já poderia ter se beneficiado de ações importantes. Para citar algumas: expansão e melhoria da qualidade da educação básica; reforma, recuperação e adequação de unidades escolares, além de compra de equipamentos por recursos advindos do Programa Nacional de Tecnologia Educacional. Houve ainda recursos devolvidos que deveriam ter sido empregados para formação profissional.

Este retrospecto se faz necessário para o leitor melhor entender que está na essência da gestão Renan Filho o atual quadro negativo da educação pública. É por isso que a mais recente apuração jornalística atestou o contraste que existe entre a publicidade oficial, tão difundida no instagram do governador, e a realidade do ensino público.

Ou será “fake News” a triste estatística do IBGE, segundo a qual Alagoas detém a maior taxa de analfabetismo do País, com 17,1% das pessoas com 14 anos ou mais? Ou não corresponde a verdade o doloroso contingente de quase um milhão de alagoanos, nessa mesma faixa etária, que apenas possui o ensino fundamental incompleto ou equivalente? Nesse histórico, o governo acumulou rendimento insatisfatório na área educacional, com nota vermelha, sem mais tempo para fazer a recuperação.

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