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HOME > notícias > EDITORIAL

A JORNADA CONTINUA

Do “Estado Novo” de Vargas ao ataque à Ucrânia, o registro cotidiano dos fatos, em 88 anos de trajetória da Gazeta

Entre tantas histórias contadas sobre a trajetória da Gazeta de Alagoas – o veículo pioneiro da Organização Arnon de Mello -, vale destacar dois primorosos textos jornalísticos, elaborados pelo saudoso jornalista Valmir Calheiros, que nos deixou em março de 2014, poucos dias após o diário mais lido do Estado completar oitenta anos de vida.

As reportagens “E assim nasceu a Gazeta de Alagoas” e “Retomando os rumos traçados pelo fundador” fazem uma viagem no tempo, pontuando momentos significativos vividos pelo jornal, em meio a momentos conturbados da história do Estado, do Brasil e do mundo.

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Pelas mãos do jornalista Luiz Magalhães da Silveira, nasceu a Gazeta, em 25 de fevereiro de 1934. O jornalista Arnon de Mello assumiria o comando da empresa, em 1950, determinado a não só dar seguimento à jornada jornalística, que inspirou a primeira edição do jornal, mas impulsioná-lo rumo a uma nova era da comunicação no Estado.

No período convulsionado da ditadura de Getúlio Vargas, a Gazeta reverberou posições críticas ao regime de exceção, como o artigo do escritor, político e jornalista Costa Rêgo:

“O DIP poderia, na realidade, chamar-se de DIC (Departamento de Imprensa Calada). O público não conhece ainda o meio principal que o Estado Novo encontrou para amordaçar a imprensa”, escreveu Rêgo, referindo-se ao Departamento de Imprensa e Propaganda, criado para censurar e intimidar a livre expressão do pensamento.

A Gazeta testemunhou toda aquela fase de radicalização da política nacional, com a censura imposta pelo Estado Novo, o recrudescimento do autoritarismo e o fim das atividades dos partidos políticos. Era uma tendência mundial: governos totalitários, com ascensão do fascismo na Itália e do nazismo na Alemanha, culminando com a eclosão da Segunda Guerra Mundial.

Arnon de Mello, o construtor da nova Gazeta, chegou a trabalhar nos Diários Associados, como repórter. Por esse veículo, fora designado correspondente de guerra, em 1932. Arnon acompanhou as tropas de São Paulo, na Revolução Constitucionalista de 1932, movimento contrário ao governo de Getúlio Vargas e que teve como um dos líderes Lindolfo Collor, avô do senador Fernando Collor.

Se a Gazeta nasceu sob a perspectiva de uma conflagração mundial, chega aos 88 anos vivenciando esse clima de incerteza que ronda a política mundial, em razão do ataque russo contra a Ucrânia.

O fato é que a aniversariante prossegue em sua jornada, conectada ao mundo, mas sem deixar de relatar localmente as mazelas governamentais, que afligem especialmente os desvalidos. E assim o faz sem temer o poder, que se cala diante de tantas evidências de malversação do erário; que desconversa diante da profusão de denúncias resultantes da essência do jornalismo, que é a apuração dos fatos.

É na luta diária pela apuração da informação que a Gazeta celebra a passagem de mais um ano de existência em Alagoas.

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