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Transporte de passageiros está em risco de colapso com a queda de demanda

Mesmo com as recomendações para não sair de casa, a utilização das gratuidades segue intensa

Em oito dias de quarentena, a demanda do transporte público coletivo em Aracaju e em Maceió já caiu quase 80%, segundo um levantamento feito pela Federação das Empresas de Transportes de Passageiros de Alagoas e Sergipe (Fetralse). Na capital de Sergipe, a queda no número de passageiros foi de 78%, enquanto, em Maceió, a queda foi de 75%. Os dados compararam as duas últimas sextas-feiras em relação ao mesmo período das semanas anteriores ao fechamento do comércio, das escolas e de outras atividades não consideradas essenciais, por causa das medidas de contenção e prevenção ao novo coronavírus (Covid-19).

A utilização da frota foi reduzida em 30% de sua capacidade, mas a prestação do serviço continua para garantir o deslocamento de profissionais das áreas essenciais, como a saúde e a segurança. De acordo com a Fetralse, as empresas também mantêm os esforços no combate à contaminação, seguindo as orientações das autoridades sanitárias. "Porém, como lidar com os custos de 70% frota em operação com uma demanda de apenas 22% do habitual?", questionou o presidente da Fetralse, Alberto Almeida.

"Isso tem preocupado as empresas de ônibus. A dificuldade em cumprir com as despesas do serviço diante da queda de demanda tem comprometido a continuidade da prestação do serviço pelo setor", frisou ele. Só para custear a mão de obra e combustível é necessário 68% da receita de demanda habitual. E em Aracaju, já são 152 mil passageiros a menos por dia.

Aracaju e Maceió estão entre as realidades mais críticas de queda de demanda pelo Brasil. Outros destaques são Goiânia (GO) com 85%; Porto Alegre (RS) com 79%; cidades do interior de São Paulo e Salvador (BA) com 75% cada; e a região metropolitana de Belo Horizonte (MG) com 70%.

Gratuidades

Mesmo com as recomendações para não sair de casa, a utilização das gratuidades no transporte segue intensa. Em dez dias, entre pessoas com deficiência e idosos (que são grupos de maior vulnerabilidade ao vírus), em Aracaju, mais de 28 mil desses usuários foram transportados. Antes do período de quarentena, a média de passageiros idosos transportados por dia era de 1,2 mil e hoje se aproxima de 3 mil, representando um aumento de 140% da movimentação registrada em período que eles deveriam estar em isolamento social.

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