Pesquisa da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Alagoas (Abrasel-AL) aponta que 27% dos estabelecimentos desse segmentos situados no estado ainda trabalham com prejuízos oriundos da pandemia. Ao todo, 124 associados responderam a pesquisa, que foi realizada entre os dias 20 e 28 de julho.
Os números mostram, no entanto, que 31% dos bares e restaurantes tiveram lucro em junho. Em maio, o lucro foi de 22%, enquanto em janeiro o percentual foi de 35%. Outros 42% ficaram em equilíbrio.
Sobre os preços praticados, 75% disseram que não conseguem repassar aumento de custos. O número é pouco melhor do que os 85% de junho. Outros 22% das empresas dizem que não conseguem reajustar o cardápio, e 53% fizeram reajustes abaixo da inflação.
Outros 24% disseram que só aumentaram conforme o índice oficial e apenas 1% majorou o cardápio acima da inflação. “A discreta ascensão no cenário atual ainda não é suficiente para o restabelecimento do nosso setor. As empresas seguem endividadas, necessitando de atenção especial. Diante de tudo isso, a inflação continua desafiando os empresários a enxugarem ao máximo seus custos e assim viabilizarem suas operações sem repassar esse aumento na conta dos clientes”, declarou o presidente da Abrasel, Marcus Batalha.
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A pesquisa mostra ainda que 37% das empresas pretendem contratar novos funcionários até o final de 2022. Outros 56% esperam manter o quadro de empregados atual e somente 7% têm a intenção de demitir funcionários no período.
Outro cenário traçado na pesquisa é que 59% dos empresários possuem empréstimos contratados. Dos que fizeram empréstimos regulares, 27% têm parcelas em atraso. Entre os que pegaram dinheiro via Pronampe, a inadimplência é menor: 4%. A média de comprometimento do custo mensal com pagamento de dívidas bancárias é de 16%.
Em todo o Brasil, o percentual de bares e restaurantes que tiveram lucro aumentou de 35% para 37% em julho de 2022, e os que fecharam o mês com prejuízo caíram de 29% para 26%. O representante da Abrasel nacional, José Camargo, disse que o setor está otimista para os próximos meses, mas que ainda preocupa o grande número de estabelecimentos com prejuízo e com dívidas acumuladas.
Entre os estabelecimentos que tiveram prejuízo em julho, 75% deles apontam que a inflação é o principal fator para o resultado negativo. Por outro lado, a associação estima que o setor pode contratar até 100 mil novos trabalhadores até o final do ano, aproveitando a Copa do Mundo e as festas de Natal e ano novo.
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