Imagem
Menu lateral
Imagem
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no facebook compartilhar no linkedin
copiar Copiado!
ver no google news

Ouça o artigo

Compartilhe

HOME > notícias > ECONOMIA

Pandemia do novo coronavírus faz alagoano poupar mais e cortar gastos

Mudança de hábitos de consumo deve permanecer após reabertura da economia

As idas semanais ao supermercado passaram a ser mensais, o fechamento de shoppings, bares e praias fez repensar a necessidade desses serviços. O cenário posto na casa do servidor público e produtor de audiovisual Dário Júnior representa a maioria dos lares brasileiros.

É o que mostra uma pesquisa do Ibope Inteligência, encomendado pelo C6 Bank, e que diz que 51% dos entrevistados revelaram ter diminuído gastos e que 27% passaram a guardar mais recursos para possíveis incertezas no futuro.

Dário Júnior diz que pretende manter os novos hábitos mesmo após o fim da pandemia. "Essa mudança de hábitos me fez repensar que gastávamos além do necessário e não pretendo retomar essa rotina consumista desenfreada. A economia mais significativa que tivemos foi na fatura dos cartões de crédito com isso tivemos um saldo positivo. Pedimos menos delivery. Porém, na contramão desse saldo aumentamos o consumo de energia e a fatura quase que dobrou. Mas acredito que vamos conseguir manter esse comportamento de consumo mais consciente", detalha.

Ele diz ainda que apesar de não ter uma poupança significativa, pensa em investir e já tem planos para o futuro.

Já na casa do professor Eduardo Oliveira, a pandemia provocou, segundo ele, uma redução no orçamento em torno de R$ 700. "Cortamos gastos para adequar nosso orçamento. Mudamos para a casa da minha sogra e com isso zeramos a conta de energia e internet, acabaram os gastos com restaurantes no cartão de crédito, pois comemos apenas em casa agora". Todavia ele diz que os cortes só devem durante a pandemia.

Outro ponto que o professor levanta é que em função do teletrabalho os gastos com combustível reduziram drasticamente o que atenua as perdas orçamentárias. "Gasto quase quatro tanques por mês. Se usar álcool dá em média um gasto de R$ 600 a R$ 700 por mês e se for gasolina sobe para quase R$ 850 no mês", detalha.

Para o educador financeiro Humberto Corrêa, a maior lição deixada pela pandemia para a economia doméstica foi sobre a necessidade e importância de se ter uma reserva de emergência. "É o oxigênio num mergulho em profundidade. É o que vai te fazer dormir tranquilo enquanto ainda respira aliviado por 6 meses, por exemplo", exemplifica.

Corrêa pondera que em momentos como esses, as pessoas são forçadas a repensar no que realmente faz sentido. "Grande parte da população teve seu salário reduzido junto com a jornada de trabalho, o que proporcionou um novo padrão de vida. Irá sair na frente quem aproveitar esse novo comportamento de consumo para construir a reserva de emergência", afirma.

Corrêa alerta que é preciso reverter um grande problema estrutural da sociedade. "Hoje mais da metade da população possui grande dívida atrelada ao cartão de crédito e cheque especial. Estas são as modalidades de créditos mais caras e que estão associada ao padrão de vida, consumo imediato, hábitos de consumo, facilidade trazidas pelos aplicativos, ou seja, aqueles consumos mais inclinados a serem cortados para poupar pensando no futuro".

Tags