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Mulheres comandam um terço das empresas em Alagoas, aponta Sebrae

No ano passado, havia 116.256 empreendedoras no Estado, o correspondente a 1,1% do total de mulheres donas de negócios no País

Levantamento divulgado pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) revela que 33% dos negócios alagoanos são comandados por mulheres. De acordo com o estudo “Empreendedorismo Feminino no Brasil em 2022", que toma como base os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, no ano passado havia 116.256 empreendedoras no Estado, o correspondente a 1,1% do total de mulheres donas de negócios no País, que somou 10,3 milhões.

O estudo revela ainda que os Estados do Rio de Janeiro e Ceará lideram o ranking de empresas dirigidas por mulheres, com 38% do total. Nesses estados, havia 941.047 e 444.517 donas de negócios, respectivamente.

O levantamento do Sabre revela ainda que do total de mulheres empreendedoras em Alagoas, 91% atuavam por conta própria, ou seja, estavam à frente de um empreendimento que não possui empregados. Nesse segmento, o Maranhão registrou o maior índice, com 93%.

Entretanto, dos 67% negócios dirigidos por mulheres em Alagoas havia entre um e cinco empregados. Nessa categoria, Acre e Sergipe registraram a maior proporção de empregadoras, com 92%.

Em todo o País, havia 10,3 milhões de mulheres donas de negócios no ano passado, o maior contingente de empreendedoras da história. Isso significa que as mulheres representavam 34,4% do universo de donos de negócios no país, muito próximo do recorde de 34,8%, verificado no 2º trimestre de 2019.

Juntos, homens e mulheres superaram o total de 30 milhões de donos negócios – o maior número da série histórica. “A pesquisa mostra que as mulheres conseguiram se recuperar da perda registrada no período da pandemia, quando a proporção de mulheres donas de negócios caiu ao pior nível (33,4%, no 2º trimestre de 2020), desde o verificado no 3º trimestre de 2016 (32%)”, explica o presidente do Sebrae, Carlos Melles.

Melles enfatiza que a participação delas tem crescido principalmente nos setores da economia que mais apresentaram incremento nos últimos tempos: serviços, comércio e indústria. “No setor de Serviços, onde se percebe a maior participação de mulheres (53%), as donas de negócio têm ampla vantagem diante da presença masculina (36%). A mesma liderança se dá, em menor proporção, no Comércio (27% contra 20% de presença masculina) e na Indústria (13% de mulheres contra 6% dos homens)”, avalia Melles.

Considerando a distribuição das mulheres donas de negócios nas regiões brasileiras, o Sudeste lidera, com uma participação de 44% de mulheres contra 42% do total de homens. Nos últimos seis anos, houve expansão recorde da proporção de mulheres no Sudeste (41% para 44%) e uma queda da proporção de mulheres no Nordeste (27% para 24%).

CHEFES DE DOMICÍLIO

O estudo do Sebrae revela ainda que mais da metade das empreendedoras brasileiras (51%) desempenham a posição de “chefe de domicílio”. É o maior nível em seis anos, resultado de um crescimento de 10 pontos percentuais no período. Em 2016, 41% das empreendedoras eram as principais responsáveis pelo sustento da casa.

Estados como Acre, Amazonas e Tocantins superam a média nacional: 59%. A pesquisa cobre o período de 2016 a 2022 (até o terceiro trimestre) e aponta a importância das mulheres para o bem-estar da família.

Para Renata Malheiros, coordenadora nacional de Empreendedorismo Feminino do Sebrae Nacional, os dados indicam a potência das mulheres empreendedoras, mas também apontam para as barreiras adicionais que elas enfrentam. “Quando uma mulher empreende e é dona do seu dinheiro, ela tende a investir no bem-estar dos filhos e também a comprar no seu próprio bairro, aquecendo a economia local. Todos saem ganhando”, destaca.

“Por outro lado, as mulheres ainda enfrentam barreiras culturais externas ao empreendedorismo, como é o caso da sobrecarga de trabalhos domésticos e de cuidados com crianças e idosos. É importante pensar políticas públicas que desonerem a sobrecarga de trabalho da esfera doméstica das mulheres para que elas possam se dedicar com mais equilíbrio aos seus negócios”, completa a coordenadora.