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Endividamento em Maceió cresceu durante a pandemia, aponta pesquisa

Mais de 200 mil alagoanos estão no grupo de endividados; também houve aumento no número de inadimplentes

O endividamento geral do consumidor maceioense vem crescendo durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19). É o que mostra a Pesquisa de Endividamento do Consumidor (PEIC), que foi realizada pelo Instituto Fecomércio-AL, em parceria com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O levantamento de julho aponta uma alta de 0,5 pontos percentuais (p.p.), o que equivale a uma variação absoluta de 0,8%.

São 1.750 consumidores a mais no grupo de endividados - pessoas que fizeram compras à prazo, não estando necessariamente com pagamento em atraso -, totalizando 219 mil pessoas em julho.

Com isso, o crescimento entre os consumidores com contas em atraso foi de 1,57%, chegando a 92.850 pessoas. Já o volume de inadimplentes, que são aqueles que estão a mais de quinze dias com as contas em atraso, cresceu 5,4% na variação mensal.

Na variação anual, o crescimento no número geral de endividados foi de 13,31%, refletindo no subindicador de contas em atraso, que teve alta de 22,71%. Quanto aos inadimplentes, a elevação foi de 5,92%. Como a taxa média brasileira de endividamento das capitais foi de 69% em julho, podemos perceber que a capital alagoana está 3,8% acima do nível das outras cidades do País.

"O motivo do endividamento é o mais conhecido possível: devido à facilidade para adquirir crédito pré-aprovado em cartões, os cidadãos estão em suas mãos com um meio de empréstimo fácil. O uso do cartão de crédito foi responsável por 92,7% dos motivos do endividamento", afirmou o assessor econômico da Fecomércio-AL, economista Felippe Rocha.

Além do cartão de crédito, as formas maus usadas para aquisição de crédito são os carnês de lojas (21,2%) e o empréstimo pessoal (7,2%). Vale lembrar que os cidadãos podem marcar mais de uma opção, então não há necessidade de fechar em 100%.

Dos 92 mil que estão com contas em atraso, 42,4% dividem teto com outra pessoa que se encontra na mesma situação financeira. O tempo em que esses consumidores passam sem pagar as dívidas é de, em média, 74,7 dias.

Já entre os 53 mil inadimplentes, apenas 9,5% indicaram que terão possibilidade de quitar integralmente as dívidas e sair dessa condição. Outros 17,6% informaram que pagarão parcialmente e, por isso, vão renegociar. Para 58%, não haverá possibilidade de renegociação e permanecerão na condição de inadimplência.

No geral, os endividados estão passando, em média, cerca de 6,4 meses mantendo dívidas e comprometendo 28,3% da renda.

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