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Busca pelo rotativo do cartão de crédito bate novo recorde em 2022

Foram concedidos no ano passado R$ 341,7 bilhões em crédito por meio do rotativo, que é a linha com a maior taxa de juros do mercado

As concessões de empréstimos por meio do cartão de crédito rotativo para pessoas físicas registraram crescimento em 2022 e bateram recorde, segundo informações divulgadas nesta sexta-feira (27) Banco Central.

A série histórica da instituição, para anos fechados, tem início em 2012. Com isso, esse é o maior patamar em onze anos.

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O crédito rotativo do cartão de crédito é acionado por quem não consegue pagar o valor total da fatura na data do vencimento. A parcela que deixou de ser pago é considerada nas estatísticas do BC como essa linha de financiamento.

De acordo com o BC, o crédito concedido pelas instituições financeiras no cartão de crédito rotativo somou R$ 341,7 bilhões em 2022, uma média mensal de R$ 28,45 bilhões.

Saiba quanto foi emprestado por meio de outras linhas de crédito no ano passado:

Cheque especial (pessoa física): R$ 430,743 bilhões

Consignado (desconto em folha): R$ 199,156 bilhões

Crédito pessoal (não consignado): R$ 179,306 bilhões

O rotativo do cartão é a linha de crédito mais cara do mercado e, segundo analistas, deve ser evitada. A recomendação é que os clientes bancários paguem todo o valor da fatura mensalmente.

"Quando o cliente entra [no rotativo do cartão], em geral, ele já teve dificuldade de pagar toda sua fatura. Economicamente é como se estivesse inadimplente na partida, e por isso, as taxas de inadimplência são muito elevadas, na faixa de 40% e 44%", afirmou o chefe do Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha.

Segundo ele, a orientação deve ser para que os clientes busquem, na medida do possível, saírem do cartão de crédito rotativo por meio de renegociações com seu gerente da instituição financeira. "Para buscar modalidades com prazos maiores e taxas menores", acrescentou.

A taxa média de juros cobrada pelos bancos nas operações com cartão de crédito rotativo avançou de de 347,4% ao ano no fim de 2021 para 409,3% ao ano em dezembro do ano passado.

A taxa terminou o ano no maior patamar desde agosto de 2017 (428% ao ano). A série histórica do BC começa em março de 2011.

Em todo ano passado, o crescimento do juro do cartão de crédito rotativo foi de 61,9 pontos percentuais.

O alto patamar dos juros do cartão de crédito rotativo acontece em um momento de alta do endividamento das famílias, o que limita a capacidade de consumo da população e impulsiona a inadimplência.

Segundo o BC, o endividamento somou 49,5% da renda acumulada nos doze meses até novembro do ano passado. A série histórica do BC para este indicador tem início em janeiro de 2005.

Em fevereiro de 2020, antes da pandemia da Covid-19, o endividamento das famílias somava 41,8%.

Ao mesmo tempo, a taxa de inadimplência média registrada pelos bancos nas operações de crédito subiu de 2,3%, em dezembro de 2021, para 3% no fim do ano passado. É a maior desde maio de 2020 (3,2%).

O governo eleito do presidente Luiz Inácio Lula da Silva prepara um programa de renegociação de dívidas, que terá como foco endividados que ganham até dois salários mínimos.

Batizado de "Desenrola", o programa deve ser lançado em fevereiro com potencial de atender cerca de 40 milhões de pessoas.

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