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"Meu corpo não é padrão", diz Iza ao defender a democratização da moda

A artista fala sobre seu amor ao universo fashion

Publicitária, cantora, queridinha das marcas e, agora, diretora criativa. Iza está expandindo sua área de atuação para a moda, universo com o qual sempre quis trabalhar. "A música acabou me levando para esse lugar, era um sonho antigo que eu sempre quis colocar em prática", conta ela à Vogue.

No entanto, antes de se tornar uma das artistas de maior sucesso no país, Iza se sentia invisibilizada pelo mundo fashionista por não se encaixar no padrão imposto pela indústria. "Sempre gostei muito de moda, curtia me montar com aquilo que tinha ao meu alcance", afirma a cantora. "Mas eu não problematizava não me ver, eu me sentia invisível, achava que não poderia estar lá. É isso que a falta de representatividade faz", prosseguiu.

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Assim como muitas mulheres, Iza também sofreu por não encontrar roupas que servissem em seu corpo. Por isso, agora que está preparando uma collab com uma marca esportiva, ela deu ênfase em valorizar o biotipo da mulher brasileira.

"Eu acho muito importante falar sobre isso. Eu mesma sou um bom exemplo, porque meu corpo não é padrão, minhas pernas são compridas, meu quadril é largo, tenho pouco busto, meu tronco é pequeno. Todos nós temos diferenciações e é importante que uma marca pense nessas peculiaridades", explica.

Nesta entrevista, Iza também fala sobre sua indicação para a lista das 100 pessoas negras mais influentes do mundo e revela quem são as mulheres que mais a inspiram. "Só queria citar que a Naomi me segue, tá? (risos)".

Você já sofreu por não encontrar roupas com bom caimento em seu corpo?

Muito! E acho que todo mundo já passou por isso. Nosso corpo está mudando sempre e, com o meu biótipo, sempre me preocupo muito com o caimento. Precisa caber em todo mundo. Várias vezes eu não me senti abraçada pela moda.

Já se sentiu mal por não se ver representada na moda?

Não é me sentir mal, é pior. Eu não problematizava não me ver, eu me sentia invisível, achava que não poderia estar lá. É isso que a falta de representatividade faz. Ela não faz com que você se diferencie das outras pessoas, ela faz com que você não se enxergue e isso é muito cruel.

Você sempre gostou de moda? Quem eram suas inspirações?

Sempre gostei muito de moda, sempre curti me montar com aquilo que tinha ao meu alcance. Minhas duas grandes estrelas da moda são Naomi Campbell e Tyra Banks. Aliás, só queria citar que a Naomi me segue, tá? (risos).

Nos últimos anos, você tem sido vista como uma gigante no mundo da publicidade. Todos te querem! Qual é o segredo de seu sucesso?

Não sei qual é o segredo do sucesso, sei que eu me esforço muito para que os parceiros que tenho hoje me enxerguem também como uma marca e como uma empresária que trabalhou e trabalha muito duro. Eu penso junto com a minha equipe em tudo o que vou fazer, porque acredito muito em legado, em nome, e fico feliz que, de certa forma, isso tem me dado um retorno incrível em uma área que eu amo tanto e que escolhi para ser minha formação.

Você foi escolhida recentemente como uma das 100 pessoas negras mais influentes do mundo em uma premiação reconhecida pela ONU. O que este título significou para você?

Isso representa que estou no caminho certo. É muito lindo perceber que eu sentia falta de representatividade e hoje meu trabalho é a própria representatividade.

A collab é pensada no biótipo da mulher brasileira. Acredita que este viés ajuda a democratizar a moda no país?

Eu acho muito importante falar sobre isso. Eu sou um bom exemplo, porque meu corpo não é padrão, minhas pernas são compridas, meu quadril é largo, tenho pouco busto, meu tronco é pequeno. Todos nós temos diferenciações e é importante que uma marca pense nessas peculiaridades. A gente tem que se sentir inspirada pela peça de roupa e não intimidada. Não dá pra falar sobre moda sem discutir o acesso.

Você é uma mulher negra de muito sucesso na música e que agora está desbravando o universo da moda. Sua trajetória lembra os primeiros passos de Rihanna quando ela decidiu trilhar este caminho fashionista. Acha válido fazer este paralelo?

Por ser um paralelo positivo e se tratar de uma mulher negra, incrível, que eu admiro, sim. Mas eu acho perigoso esse paralelo entre mulheres, cada caminho é um caminho. Mas, sem dúvida, eu me inspiro muito na credibilidade e na preocupação que ela teve na hora de fundamentar a marca.

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