Nuvens cobrindo o Norte e o Oeste da Europa e da Escandinávia, ao mesmo tempo em que a Itália e os Balcãs Ocidentais desfrutam de um céu relativamente claro, e enquanto vórtices de nuvens rodopiam suavemente sobre as Ilhas Canárias, e a neve segue aparentemente inerte protegendo os Alpes. A descrição dessas imagens são superficiais em comparação ao nível de imagens captadas pelo Meteosat Third Generation-Imager 1 (MTG-I1).
O mais novo satélite meteorológico europeu captou imagens da Terra, que revelam a incrível beleza do nosso planeta. Lançado em dezembro do ano passado a bordo de um foguete Ariane 5, mostrou em um dos registros a Europa, a África e o Oceano Atlântico com um nível impressionante de detalhes. A nova imagem foi capturada pelo instrumento Flexible Combined Imager do MTG-I1 em 18 de março.
A expectativa dos cientistas à frente deste projeto é que o satélite deve revolucionar a previsão do tempo. Em comunicado, a diretora de Programas de Observação da Terra da Agência Espacial Europeia (ESA), Simonetta Cheli falou sobre o nível de detalhes que a imagem do MTG-I1 revela. “(Isso) nos dará uma maior compreensão do nosso planeta e dos sistemas climáticos que o moldam”, explicou.
Nova geração de satélites
O MTG-I1 é o primeiro do sistema MTG, uma nova geração de espaçonaves meteorológicas operada pela Agência Europeia de Satélites Meteorológicos (EUMETSAT) e pela ESA. Os especialistas acreditam que todo o sistema deve estar em funcionamento pleno até 2026.
Serão seis satélites que fornecerão dados críticos para a detecção precoce de eventos climáticos extremos nas próximas duas décadas. A qualidade de imagens é tão incrível que algumas das características vistas na imagem registrada recentemente eram completamente ausentes em imagens de satélites da geração anterior.
Em breve, o MTG-I1 terá inclusive uma companhia em órbit: o revolucionário satélite MTG Sounding (MTG-S), equipamento que vai carregar uma sonda infravermelha e um espectrômetro ultravioleta visível de infravermelho próximo.
A tecnologia será capaz de permitir que a instabilidade atmosférica seja modelada em três dimensões ao longo das nuvens. É um passo significativo para o alerta antecipado de tempestades severas, por exemplo. Também serão detalhados dados sobre ozônio, monóxido de carbono e cinzas vulcânicas na atmosfera da Terra.