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Instituto Histórico de AL chama atenção com peças de Lampião, quilombo e guerras

Rico acervo do local está aberto para visitação diariamente; instituto é o terceiro mais antigo do Brasil

Mora ali no Centro de Maceió, em um gigantesco prédio rosa na famosa Rua do Sol com a "esquina da subida dos ônibus", uma significante parte da história alagoana - cheia até de elementos das memórias nacional e internacional. O Museu do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas (IHGAL) não passa despercebido: além da encantadora arquitetura, o local tem muito o que contar, ou melhor, mostrar.

Fundada há quase 150 anos, em 1869, à época denominada de Instituto Archeologico e Geographico Alagoano, a entidade é reconhecida como a terceira mais antiga instituição do tipo no Brasil. As primeiras são o Instituto Histórico Brasileiro, criado em 1838, e o Instituto Arqueológico e Geográfico Pernambucano, criado em 1862.

E o prédio tinha que ser grande mesmo, afinal comporta um raríssimo e extenso acervo da história regional dividido entre biblioteca, hemeroteca, mapoteca, pinacoteca, arquivo de documentos e o museu histórico, etnográfico e arqueológico. Recentemente, o museu ficou ainda maior, acomodando-se também no prédio que outrora já foi uma escola.

À época de sua criação, o museu não era localizado no mesmo local de atualmente. Só em 1909 o acervo do IHGAL passou para o número 382 da Rua do Sol, onde se encontra até hoje.

Coleção 

Entre as peças do museu, todas doadas pelas mais variadas pessoas, destacam-se a coleção especial do Ciclo do Cangaço, com pertences de Lampião e Maria Bonita, as relíquias das sociedades abolicionistas, o material etnográfico e da pré-história regional, itens dos antigos engenhos de açúcar, objetos da época da escravidão e do Quilombo dos Palmares, um valioso material da Guerra do Paraguai, artefatos religiosos e indígenas e peças autênticas pertencentes aos marechais Deodoro e Floriano, dentre outros.

"Comparecemos a todos os colóquios nacionais onde os institutos históricos e geográficos se reúnem anualmente para trocar informações sobre o patrimônio de cada estado brasileiro. Nós, deste tipo de instituto, preservamos o patrimônio histórico de cada estado. Com o passar dos anos, cumprimos e apresentamos a preservação do nosso patrimônio através de publicações de livros e revistas sobre a história de Alagoas", detalha o presidente do museu, Jayme lustosa de Altavila, diretor presidente há 26 anos.

Por se tratar de um museu privado, ele é sustentado apenas pelo valor da visitação e das contribuições dos sócios, que contribuem mensalmente com a quantia de R$ 180. "São 60 sócios e só entra um novo abrindo vaga, o que acontece em casos de doença, que a pessoa fica como sócio honorário, ou falecimento. Aí é feito uma licitação, um edital de publicação, que a pessoa tem que se habilitar para disputar uma eleição em que tem que apresentar trabalhos, publicações e a disposição de querer vir para cá", conta ele.

Visitação 

Mas, apesar de ser privado, a visitação é aberta ao público, com a cobrança de uma pequena taxa de acesso para manutenção. A visitação ao acervo custa R$ 4, e a pesquisa na hemeroteca e na biblioteca custa R$ 3, podendo retornar mais uma vez gratuitamente. Já a visita para grupos de alunos de escolas pública é gratuita, porém deve ser agendada previamente. O IHGAL funciona de segunda a sexta-feira, sempre das 8h às 12h.

"Infelizmente estamos abrindo em um único horário porque não temos funcionários o suficiente. Temos três funcionários que estão aqui desde 1976 e honram o instituto permanecendo até agora. Não temos o que reclamar, já que é um patrimônio particular, mas a gente carece de uma maior ajuda dos governos", explica o presidente.

Doações de peças históricas podem ser realizadas no museu que, inclusive, atualmente está montando um acervo da família Paiva, umas das grandes entusiastas da cidade de Rio Largo.

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