Imagem
Menu lateral
Imagem
GZT 94.1
GZT 101.1
GZT 101.3
MIX 98.3
Imagem
Imagem
GZT 94.1
GZT 101.1
GZT 101.3
MIX 98.3
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no facebook compartilhar no linkedin
copiar Copiado!
ver no google news

Ouça o artigo

Compartilhe

HOME > notícias > CULTURA

Exposição fotográfica homenageia músicos negros de Alagoas

Mostra ficará disponível gratuitamente para o público até 22 de abril no Café da Linda, no Teatro Deodoro.

Exaltando a potência musical negra de Alagoas, a exposição fotográfica “Músicos Negros em Alagoas”, que homenageia 25 artistas alagoanos está disponível para visitação gratuita no Café da Linda, no Teatro Deodoro . Com imagens em preto e branco, no estilo still, a mostra foi fotografada por Pablo de Luca e ficará em cartaz até 22 de abril. Lançada na noite dessa quarta-feira (22), a mostra “Músicos Negros em Alagoas” contou com apresentações artísticas de alguns homenageados.

Foi pensando em dar mais visibilidade aos negros e negras que resistem no mundo da música que Wilson Santos, curador da mostra, resolveu dar o pontapé inicial e convidar o fotógrafo Pablo de Luca para o projeto. De acordo com o percussionista, a ideia também visava mergulhar na história de cada artista.

Leia também

“O trabalho teve início na escolha da temática e, após esse momento, foi hora de contactar e sensibilizar os artistas para que participassem do registo. Montamos um questionário, onde colhemos informações sobre a importância da música na vida de cada, relações sociais a partir da música, nesse caminho descobrimos histórias lindas e comoventes que, sem dúvidas, se refletem nas fotografias”, contou Wilson.

Segundo o fotógrafo Pablo de Luca, a escolha do estilo das fotos e o preto e branco trazidos por elas não são à toa. “Foi para tentar mostrar uma homogeneidade na linguagem visual. Isso já significa muita coisa. Já é bem sabido os atributos e atrativos da foto em preto e branco. Por exemplo, alguns a consideram mais artísticas... Ou seja, vejo que é oportuna”.

Além de homenagear os músicos Alex Marques, André Timbaleiro, Caco Vital, Dani Lins, Diego Oliveira, Dinho Zampier, Djalma Santos, Emerson Ricardo, Everaldo Borges, Igbonan Rocha, Léo Monteiro, Letícia Sant’Ana, Luana Costa, Luiz de Assis, Nani Moreno, Nilton Souza, Oseas Monteiro, Rafaela Quintino, Sérgio Santana, Sidnei Sena, Uruba, Wellington Pinheiro, Wilson Santos e Ykson Nascimento, a exposição também enaltece a memória da saudosa Mãe Vera, que faleceu em 2022.

Wilson Santos, curador da mostra, explica que a contribuição do povo preto na arte e cultura alagoanas é indiscutível, principalmente quando se trata da musicalidade.

“Alguns estudiosos e teóricos vivem a negar uma alagoanidade no fazer artístico, insinuando que somos sempre resultado de outras escutas e vivências musicais, no entanto, na contramão desse discurso, é preciso atentar para algumas singularidades que, sem dúvidas, nos conferem valores identitários que não encontramos em outras culturas musicais no Brasil. Nós temos em Alagoas um jeito de tocar, ritmicamente somos um povo sincopado”, disse ele.

Vivendo a música há 20 anos, Luana Costa é uma das homenageadas pela mostra fotográfica e afirma que o projeto é uma injeção de autoestima. A artista começou como pandeirista autodidata e backing para alguns grupos de samba, logo depois iniciou como cantora, percussionista e educadora popular em percussão pela Orquestra de Tambores de Alagoas.

“Penso que essa exposição é de extrema importância para a visibilidade e o reconhecimento dos artistas locais já que ao meu ver o ‘ser artista’ é um eterno nadar contra a correnteza, então propagar a imagem de tantos artistas é uma forma de alcançar olhares que talvez nunca estivessem voltados a arte de tantos artistas negros que são um verdadeiro diamante mas que não conseguem uma visibilidade relevante”, disse ela.

Já a homenageada Nany Moreno encarou o projeto como uma forma de ‘sair da toca’. Conhecida dentro da cena cultural por diversas outras atividades desde os anos oitenta, a música muitas vezes ficou escondida dentro da história da artista.

“Algumas pessoas não sabem que também toco alguns instrumentos e a ideia era essa mostra a quantidade de músicos pretos que tem um trabalho ‘escondido’. O sentimento desde de quando recebi o convite foi de muita alegria e satisfação, principalmente por saber que essas fotos irão rodar o mundo”.

De acordo com Wilson Santos, essa será apenas a primeira edição e, logo mais, outra exposição está por vir, pois ainda existem muitos músicos para serem enaltecidos.

*Sob supervisão da editoria de Cultura

  • Dani Lins, artista homenageada
    Dani Lins, artista homenageada |
  • Luiz de Assis, artista homenageado
    Luiz de Assis, artista homenageado |
  • Dinho Zampieri, artista homenageado
    Dinho Zampieri, artista homenageado |
  • Luana Costa, artista homenageada
    Luana Costa, artista homenageada |
  • Mãe Vera, artista homenageada
    Mãe Vera, artista homenageada |
  • Nany Moreno, arista homenageada
    Nany Moreno, arista homenageada |

App Gazeta

Confira notícias no app, ouça a rádio, leia a edição digital e acesse outros recursos

Aplicativo na App Store

Relacionadas