Imagem
Menu lateral
Imagem
GZT 94.1
GZT 101.1
GZT 101.3
MIX 98.3
Imagem
Imagem
GZT 94.1
GZT 101.1
GZT 101.3
MIX 98.3
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no facebook compartilhar no linkedin
copiar Copiado!
ver no google news

Ouça o artigo

Compartilhe

HOME > notícias > CULTURA

Em carta aberta, artistas cobram de Renan Filho pagamento de projetos da Lei Aldir Blanc

Pelo menos R$ 890 mil da verba emergencial deixou de ser repassada aos trabalhadores

Em uma carta aberta endereçada ao governador Renan Filho (MDB), um comitê de crise dos trabalhadores da cultura cobra o pagamento de R$ 890 mil, que corresponde a editais financiados pela Lei Aldir Blanc, cujo recurso foi enviado pelo Governo Federal ao Governo de Alagoas ainda no ano passado. A carta foi divulgada na tarde desta sexta-feira (23).

De acordo com os artistas, a verba emergencial deixou de ser paga a pelo menos 31 proponentes e o diálogo com a Secretaria de Estado da Cultura de Alagoas (Secult/AL) e com o Conselho Estadual de Políticas Culturais está comprometido. Na carta, os artistas lembram ao governador sobre o setor ter sido o primeiro a paralisar as atividades em decorrência da pandemia e acusam a Secult de falta de transparência.

Leia também

“Representantes da Secult-AL têm apelado para nossa empatia com os/as servidores/as. Contudo, estes mesmos parecem esquecer que a fome tem pressa e que os trabalhadores/as da Cultura não podem esperar de forma indefinida, entregues ao abandono total”, diz trecho da carta.

A carta também acusa a Secult de Alagoas de abusar da boa fé dos artistas que reivindicam o direito de receber pelos projetos aprovados. Segundo os artistas, a Secretaria de Estado da Cultura chegou a alegar: erro no pagamento de recursos; problemas não detalhados com as contas dos proponentes; problemas no setor financeiro da secretaria; problemas no repasse de recursos junto à Secretaria de Estado da Fazenda, que, de acordo com a carta, já informou ao comitê que repassou todos os recursos à Secult.

“A situação se arrasta desde dezembro de 2020 com o resultado final dos editais. A partir de então, a Secult-AL vem apontando novos prazos para efetuação dos depósitos para que sejam tão só e unicamente descumpridos de forma reiterada, abusando da boa fé dos/as trabalhadores/as da Cultura”.

O Comitê de Crise da Cultura é composto por membros do Conselho Municipal de Políticas Culturais de Maceió (CMPC), além de entidades e instituições de representação artística coletiva, como sindicatos, fóruns, associações e grupos. O comitê foi criado como um braço do CMPC e reúne pessoas físicas e jurídicas que atuam no setor.

Em diversas passagens da carta enviada a Renan Filho, os artistas afirmam que há desorganização no Governo de Alagoas.

“O conjunto da obra demonstra falta de acordo dentro do próprio Governo do Estado de Alagoas e problemas operacionais graves. Essa enorme quantidade de desinformação acentua a insegurança dos trabalhadores/as da Cultura, um campo já precarizado pela descontinuidade de Políticas Culturais e que teve sua situação extremamente agravada pela pandemia”, diz outro trecho da carta.

CONFIRA A CARTA NA ÍNTEGRA

OUTRO LADO

Por meio de nota, a Secretaria de Estado da Cultura de Alagoas informou que trabalha para realizar os pagamentos ainda no primeiro semestre de 2021. Segundo a instituição, o volume de projetos e o curto prazo complicaram o andamento dos processos.

Sobre a falta de diálogo, o órgão estadual disse que observa e responde todos os contatos em todas as redes sociais. Além disso, o atendimento presencial, cumprindo protocolos, foi retomado e, recentemente, cerca de 30 artistas foram recebidos pela superintendência da instituição.

Confira a nota da Secult na íntegra:

NOTA

A Secretaria de Estado da Cultura informa que serão realizados ainda neste semestre o pagamento dos projetos contemplados nos editais Prêmio Dinho Oliveira, Prêmio Zailton Sarmento, Prêmio Eric Valdo, Prêmio Vera Arruda e Prêmio Elinaldo Barros.

Ao todo, foram lançados 17 editais e 90% do pagamento dos selecionados foram concluídos. Entretanto, a demanda de propostas foi maior do que o esperado para os cinco editais de apoio aos segmentos audiovisual, artes visuais, artes cênicas, música e produção cultural. O grande volume de projetos e o exíguo prazo para conclusão ocasionaram erros no resultado final e no repasse dos recursos.

Após o remanejamento do saldo financeiro dos demais certames e investimento dos recursos para ampliar as vagas nos editais supracitados, foi verificada a necessidade de suplementação orçamentária, com recursos oriundos do tesouro estadual a fim de contemplar todos os selecionados.

Esse recurso complementar está garantido e a Secult está trabalhando em conjunto com os demais órgãos governamentais para concluir de forma exitosa o processo dos editais da Lei Aldir Blanc em Alagoas.

App Gazeta

Confira notícias no app, ouça a rádio, leia a edição digital e acesse outros recursos

Aplicativo na App Store

Relacionadas