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Dia do Livro: Personalidades alagoanas revelam suas obras prediletas

Governador Paulo Dantas, Cacá Diegues, Fátima Pirauá e Sue Chamusca selecionam livros de cabeceira

Em uma entrevista nos anos 1980, o cantor e compositor Cazuza disse que um livro tinha mudado a sua vida. Se tratava de “O Lobo da estepe”, de Herman Hesse, que conta a história de Harry Haller, um alcoólatra intelectual de cinquenta anos, que, angustiado, não vê saída para sua tormentosa condição. O artista carioca, por sua vez, diz que o livro o fez encontrar caminhos alternativos e se tornou sua obra preferida.

O livro de cabeceira do fundador da Microsoft e bilionário Bill Gates, que afirma ler 50 livros por ano, é “O apanhador no campo de centeio”, de JD Salinger. O preferido do poeta Carlos Drummond de Andrade era “O Cemitério Marinho”, de Paul Valéry, enquanto o de Albert Einstein era “Dom Quixote de La Mancha”, de Miguel de Cervantes. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva diz que tem dois livros de cabeceira: “Um defeito de cor”, de Ana Maria Gonçalves, e “Torto Arado”, de Itamar Vieira Junior.

Em alusão ao Dia Mundial do Livro, celebrado em 23 de abril, personalidades alagoanas revelaram à reportagem quais são seus livros preferidos e a razão de os títulos os terem cativado.

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Para o jornalista Carlos Nealdo, um livro pode revelar não apenas o universo do autor, mas também o de quem lê.

Carlos Nealdo é autor de “O Pianista do Silencioso” e editor de economia do jornal Gazeta de Alagoas.

O livro de cabeceira do jornalista, inclusive, é “Vida e Poesia”, de Maiakóvski. Ao comentar sobre o livro, ele ressalta que toda história toca de uma maneira singular a alma do leitor e, dependendo do momento, acalenta ou chacoalha — e esse é o poder da literatura.

“Nesse sentido, a poesia de Maiakóvski tem esses dois dons: ao mesmo tempo que ‘O Poeta da Revolução’ acalenta com versos como 'No templo do meu coração / o altar está em chamas!’, ele também agita a mente do leitor com abordagens como ‘Alguma vez, já se viu / pernas amputadas / procurarem seus donos [...]?’”, pontua Nealdo.

“Boa parte da poesia mundial não teria o sentido que tem hoje se Maiakóvisk não tivesse existido”, completa o jornalista.

Confira abaixo a seleção de quatro personalidades alagoanas:

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Paulo Dantas

Governador de Alagoas

  • LIVRO: A Economia dos Pobres
  • AUTORES: Abhijit V. Banerjee e Esther Duflo
Governador escolhe livro considerado o guia das lideranças que querem acabar com a pobreza
Governador escolhe livro considerado o guia das lideranças que querem acabar com a pobreza | Foto: Reprodução

O governador de Alagoas Paulo Dantas (MDB) revela que seu livro de cabeceira é “A Economia dos Pobres”, de Abhijit V. Banerjee e Esther Duflo.

O livro preferido do governador tenta compreender os problemas específicos que surgem com a pobreza e encontrar soluções consistentes, repensando a economia da pobreza e oferecendo uma visão autêntica das vidas dos mais pobres do mundo. “A Economia dos Pobres” defende que grande parte das políticas de combate à pobreza falhou ao longo dos anos devido a uma compreensão inadequada da própria pobreza. A obra é considerada um guia imprescindível para decisores políticos, filantropos, ativistas e qualquer pessoa interessada em erradicar a pobreza do mundo.

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Cacá Diegues

Cineasta

  • LIVRO: Jorge de Lima e Alceu Amoroso Lima: Correspondência
  • AUTOR: Organizado por Leandro Garcia Rodrigues
Cacá Diegues escolheu livro da Eduneal, relacionado a correspondências do alagoano Jorge de Lima
Cacá Diegues escolheu livro da Eduneal, relacionado a correspondências do alagoano Jorge de Lima | Foto: Reprodução

O alagoano Cacá Diegues, que liderou a fundação do Cinema Novo no Brasil, na década de 1960, é amante dos livros e, em especial, da poesia.

O diretor de “Bye Bye Brasil”, “Xica da Silva” e “Deus é Brasileiro” afirma que seu livro de cabeceira é “Jorge de Lima e Alceu Amoroso Lima: Correspondência”, organizado por Leandro Garcia Rodrigues.

Lançado no ano passado, a obra reúne, de maneira inédita, a correspondência trocada entre Jorge de Lima e Alceu Amoroso. Muito além de textos epistolares, a obra é rica em temas e assuntos que cercavam os interlocutores ilustres: literatura, política, religião, pessoas e a forte amizade que os unia.

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Fátima Pirauá

Juíza titular da 28ª Vara Cível da Infância e Juventude de Maceió

  • LIVRO: Quarto de despejo: diário de uma favelada
  • AUTORA: Carolina Maria de Jesus
Juíza escolhe livro de Maria Carolina de Jesus e relaciona com sua atuação profissional
Juíza escolhe livro de Maria Carolina de Jesus e relaciona com sua atuação profissional | Foto: Reprodução

A magistrada Fátima Pirauá revela que seu livro de cabeceira é “Quarto de despejo: diário de uma favelada”, que aborda o cotidiano da favela de Canindé. Nele, a autora narra como consegue sobreviver sendo catadora de lixo e metal em São Paulo e como a falta de dinheiro e de outro tipo de trabalho afetam a sua vida.

“É um livro impactante! Já reli algumas vezes, dei uma palestra envolvendo ele, é muito maravilhoso. A história é impressionante, retrata uma mulher inteligente, com consciência política, que escrevia o que acontecia em sua vida em um diário, principalmente as vivências com as crianças dentro da favela. Como sou juíza da vara da infância, trago muito dele para a minha rotina”, afirma.

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Sue Chamusca

Produtora cultural

  • ‎ LIVRO: Obra Poética Completa
  • AUTOR: Fernando Pessoa
Produtora cultural pioneira em Alagoas escolhe a obra de Fernando Pessoa
Produtora cultural pioneira em Alagoas escolhe a obra de Fernando Pessoa | Foto: Reprodução

A produtora e agitadora cultural Sue Chamusca, pioneira na produção de grandes espetáculos em Alagoas, conta que tem três escritores que ama profundamente. Ela faz questão, inclusive, de recitar um trecho de um dos poemas do seu livro preferido no momento: Obra Poética Completa, de Fernando Pessoa e seus heterônimos.

“Machado de Assis, Fernando Pessoa e Clarice Lispector. Hoje, eu vou de Fernando Pessoa, com o poema ‘Aniversário’, assinado com o heterônimo Álvaro de Campos. Ele diz assim: Pára, meu coração / Não penses / Deixa o pensar na cabeça / Ó meu Deus, meu Deus, meu Deus / Hoje já não faço anos / Duro / Somam-se-me dias / Serei velho quando o for / Mais nada / Raiva de não ter trazido o passado roubado na algibeira//’”, declama Sue.

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