Imagem
Menu lateral
Imagem
GZT 94.1
GZT 101.1
GZT 101.3
MIX 98.3
Imagem
Imagem
GZT 94.1
GZT 101.1
GZT 101.3
MIX 98.3
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no facebook compartilhar no linkedin
copiar Copiado!
ver no google news

Ouça o artigo

Compartilhe

HOME > notícias > CULTURA

Artista Lu Azul celebra 50 anos de carreira com nova exposição em Maceió

Mostra “50 anos luz - Uma trajetória artística” será aberta hoje (10) e fica em cartaz até 20 de junho

Lu Azul celebra uma marca que poucos podem ostentar: 50 anos de carreira. A alagoana Maria de Lourdes dos Santos revisita a própria história com uma nova exposição: “50 anos luz - Uma trajetória artística”. A mostra será aberta nesta terça-feira (10), às 20h, na Galeria de Artes do Complexo Cultural Teatro Deodoro, no Centro de Maceió. A visitação é gratuita e segue até o dia 20 de junho.

Transgressora, inquieta e rebelde, Lu Azul fez da arte combustível para conquistar a liberdade - e conseguiu. Ela diz se orgulhar ao afirmar que não se curvou a um estilo e sempre expressou em suas produções o que tinha dentro de si. A exposição percorre as cinco décadas de ofício, com quadros feitos desde 1969 até 2022.

Leia também

“São obras feitas com muita abnegação, trabalho e determinação. As telas, à primeira vista, podem parecer um lugar comum, já que muitas pessoas conhecem o meu estilo, mas as esculturas são uma surpresa para o público”, adianta.

Além das telas e esculturas, a mostra traz uma coleção de estandartes e também vestidos. “Fiz um estandarte para o bloco Filhinhos da Mamãe uns três anos atrás. Mas eu gosto de ver os estandartes na parede. E os vestidos, pra mim, são arte andante. Comecei a pintar a pedido das pessoas e vi que era uma forma de tornar a arte mais acessível”, comenta Lu azul.

Arte de Lu Azul é reconhecida pelo público e estampa diversos locais da capital alagoana
Arte de Lu Azul é reconhecida pelo público e estampa diversos locais da capital alagoana | Foto: Neno Canuto

O tempo - compositor de destinos - quis fazer uma engenhosa simetria: a primeira exposição dela aconteceu no ano de 1969, na Varanda Boutique, em frente à Praça Deodoro. A loja, fechada há algum tempo, ficava a poucos metros do Complexo Cultural, que vai acolher a mostra de 50 anos.

Diferentemente do verso de Djavan, “O amor é azulzinho”, a afeição pincelada nas obras não é de uma única cor. Traz “[..] um cheiro de azul”, entretanto é multicor. Transmite vigor e brandura, concomitantemente. Ficar em frente a uma tela dela é imergir em um emaranhado de sentimentos, como se estivesse aproveitando a sensação de quem está “entre o mar e o entardecer”.

O nome veio Lu “azul” veio de Beto Leão, que escreveu o poema “Lu azul, azulzinha” para ela. “O azul é uma coisa cósmica. Vem de outras dimensões, de outras vidas, é uma cor que mexe comigo”, afirma.

Todas essas características da personalidade da artista estão presentes nos quadros, roupas e esculturas - ao todo, são mais de 40 obras, espalhadas pelos dois pisos da galeria. As formas pré-definidas não têm espaço no trabalho dela, pois a abstração dos traços vai moldar a percepção das figuras a partir da leitura de cada pessoa.

UMA HISTÓRIA AZUL

Artista conta a sua relação com a cor azul e como ganhou o nome da cor como sobrenome
Artista conta a sua relação com a cor azul e como ganhou o nome da cor como sobrenome | Foto: Neno Canuto

Lu Azul iniciou a carreira com pinturas figurativas. Aos poucos, foi ousando. A partir dos anos 2000, passou para o abstrato, classificado por ela como “não tão formal, ou, melhor dizendo, um estilo próprio”. Formas, linhas e cores se entrelaçam até atingir a subjetividade de quem as contempla.

A artista agregou os materiais recicláveis como matéria-prima de seus trabalhos. “Eu comecei a fazer essas esculturas porque tenho mania de lixo, todas as vezes que eu passo por um lugar e vejo no lixo algo que me agrada, eu pego. Antigamente, minhas filhas não estavam acostumadas ainda. Eram móveis e afins, tudo isso eu pegava para mim, daí foi que comecei a fazer esculturas com recicláveis. Primeiro, porque tem o baixo custo, pois o lixo é de graça, e, também, porque acho o papelão lindo”, conta.

O gerente artístico-cultural da Diteal, Alexandre Holanda, vai além quando fala dela. “A arte visual de Lu Azul é impactante e enche nossos olhos, mexe com nossa emoção sensorial. Ela nos fala e ao mesmo tempo deixa em aberto a nossa compreensão, seus traços geométricos e a intensidade de suas cores nos trazem vitalidade e força. Nos cabe abraçar essa mulher surpreendente, sobrevivente e encantadora, artista comprometida com seu ofício, e incapaz de se afastar de sua criatividade, precursora do que hoje definimos como mulher empoderada”, ressalta.

A galeria funciona de segunda a sábado, das 8h às 18h; e, aos domingos e feriados, das 14h às 17h, com exceção da semana em comemoração ao Dia Alagoano do Teatro, de 09 a 15 de maio, quando funcionará até às 21h.

A mostra permanece em cartaz até 20 de junho.

App Gazeta

Confira notícias no app, ouça a rádio, leia a edição digital e acesse outros recursos

Aplicativo na App Store

Relacionadas