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Após anos perdidos, filmes mostram como era Alagoas de décadas atrás; saiba onde

De manifestações culturais ao comércio, documentários antigos passeiam por Maceió e por interiores do Estado; filmes serão exibidos amanhã (12)

Sobrou o esquecimento para muito da história de Alagoas. Isso fica claro quando analisamos, por exemplo, a memória audiovisual. Se colocássemos essa produção em uma linha do tempo, ela seria repleta de espaços vazios. Essa é a impressão de Celso Brandão, consciente de que a ausência de políticas públicas de preservação legou a acervos inteiros o desaparecimento. O veterano cineasta e fotógrafo alagoano é o responsável por um conjunto de filmes em super-8, registrados entre 1975 e 1982, que por pouco não engrossou o caldo dessa galeria de títulos perdidos, vencidos pelo tempo. Os registros serão exibidos neste domingo (16), gratuitamente, no encerramento da Mostra Sururu de Cinema Alagoano, às 19h.

"Os filmes foram confiados a um laboratório do Rio Grande do Sul, para serem copiados em digital, mas voltaram em VHS, sem os originais. Durante anos, o laboratório não respondeu à nossa insistente correspondência, nem telefonemas. Dez anos depois, procurando peças para uma exposição na reserva técnica do Museu Théo Brandão, encontrei uma caixa do correio, fechada e com todos esses super-8, que há muito tinha dado como perdidos", revela Celso.

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O resgate inusitado ocorreu em 2017 e as obras foram rapidamente digitalizadas num laboratório de São Paulo. O resultado do procedimento, porém, era uma incógnita.

A Super-8 foi uma tecnologia lançada na década de 1960, pela Kodak, e que ganhou uma reformulação na década de 1970, com uma pista magnética capaz de registrar som. É dessa leva "moderna" a câmera utilizada por Celso Brandão. Mas a película da Super-8 é extremamente sensível e, por isso, era improvável que os filmes estivessem intactos. A triste expectativa era encontrá-los deteriorados, após tantos anos fora de circulação.

Os filmes estavam intactos. E, assim, Alagoas recuperou um precioso documento histórico-cultural, imagens que hoje são inéditas para os olhos de toda uma geração. Trata-se de um passeio por uma Alagoas profunda, indo de Porto Real do Colégio, onde o cineasta filmou a técnica indígena da cerâmica utilitária, a Boca da Mata, terra do artesão Manoel da Marinheira, registrado por Celso em 1979. A capital surge em "A Feira do Passarinho", documentário que adentra um atípico comércio informal de uma Maceió já esquecida por muitos. Outros ritos do cotidiano são exaltados pelo realizador, como o cultivo da mandioca e a tradição mambembe do Guerreiro das Alagoas.

Imagem ilustrativa da imagem Após anos perdidos, filmes mostram como era Alagoas de décadas atrás; saiba onde
| Foto: FOTO: Reprodução

"Esse conjunto de filmes, nos dias de hoje, é muito forte. Muitas dessas coisas se perderam, foram apagadas e é muito massa poder se reconectar com tudo isso. São filmes bonitos, poéticos e que me deixaram verdadeiramente emocionado", comenta o jovem cineasta Ulisses Arthur (As Melhores Noites de Veroni,).

O viçosense foi o responsável por fazer a curadoria das obras do veterano, com a qual teve contato recentemente. Entusiasmado, ele conta que foi seduzido pelo potencial da produção e pela leveza da Super-8 - ainda mais, pela manobrada por Celso Brandão.

A sessão em que os cinco filmes históricos serão exibidos antecede a tradicional cerimônia de premiação da Mostra Sururu e se chama "Sessão Relicário Mágico da Terra", um apelo e uma provocação sobre o que seria nossa maior riqueza.

"Após vermos os filmes, nos fica a sensação de que o artista filmou cada uma das imagens pensando na posteridade. Se foi mesmo o caso, muitas outras gerações ainda irão se surpreender com o seu olhar", finaliza o curador.

Celso Brandão

Autor de mais de 40 filmes, aos 67 anos de idade o cineasta parece estar longe de aposentar sua câmera. Entre as 15 produções selecionadas para a competição da Mostra Sururu neste ano, será possível ver o mais novo trabalho do diretor, o documentário "Chau do Pife".

SERVIÇO:

Sessão Relicário Mágico da Terra (Encerramento da IX Mostra Sururu de Cinema Alagoano)

Quando: Domingo (16/12), às 19h

Onde: Centro Cultural Arte Pajuçara (Maceió)

Entrada franca

Mais informações: mostrasururu.com.br

  • Documentários antigos passeiam por Maceió e por interiores do Estado
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