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Alok lança álbum com participação de músico alagoano

Álbum "O futuro é ancestral" foi lançado hoje em coletiva de imprensa

O instituto Alok, em coletiva de imprensa, fez um evento de estreia do novo álbum intitulado “O futuro é ancestral’’, onde o DJ em colaboração com povos indígenas de diferentes estados do Brasil, inclusive de Alagoas, tiveram participação em todos os processos de produção.

O vídeo de lançamento apresentou uma visão quase cronológica de como foi o processo de inspiração e produção do novo projeto. Desde visita às tribos indígenas, ao verde da floresta amazônica e aos protestos contra o marco temporal, Alok percorre uma jornada espiritual onde mostra como o contato físico e cultural com outros povos mudou sua forma de pensar completamente.

Do Acre ao Rio Grande do Sul, essa foi a extensão de terra percorrida pelo DJ e sua equipe enquanto convidava artistas originários para o seu novo projeto. Entre os escolhidos está Buzurã, do povoado Kariri Xocó, localizado a região do baixo - são francisco, no município de Porto Real do Colégio.

Buzurã, na coletiva de imprensa, foi perguntado sobre o lançamento do álbum com essa temática de povos originários: “O importante para nós é que o lançamento do futuro ancestral, o canto do vento Wyanã é um canto de conexão com ancestrais e com a vida que o Wyanã teve. Ele não está presente, fisicamente, como Alok falou, mas, espiritualmente, ele está aqui neste momento sentindo orgulho dos seus alegados levar os trabalhos e nós, tantos nativos, nos dedicamos a levar a cultura do meu povo Kariri Xocó, disseminando os costumes em programa de educação pelo país. E hoje o futuro ancestral está trazendo-os através das vozes dos povos originários.”

O novo álbum apresenta ainda algumas novidades ainda desconhecidas nacionalmente, como a Brô Mc’s, o primeiro grupo de Rap de língua indígena do Brasil. O grupo utiliza de sua cultura e língua histórica para escrever e cantar músicas de temáticas únicas, e sobre isso Kelvin, indígena integrante da banda, disse: “A gente sabe que a música a gente utiliza há milênios. O álbum Futuro Ancestral não tem muita diferença. A música tradicional indígena é misturada com a língua indígena e com a eletrônica. Nós somos de um povo Guarani Kaiowá (MS). O Brô Mc’s mistura a língua tradicional com o rap. E quando tem essa mistura no eletrônico com a música tradicional indígena, para mim acho que isso foi revolucionário.

Sempre destacando a importância dos povos originários, Alok ainda discorre sobre o que chamamos de dar voz à minorias, nesse caso, aos indígenas: “Acho que o meu papel aqui é como que eu posso potencializar as vozes indígenas, e não dar voz a eles, pois a voz eles já têm.”