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Alagoas tem dois filmes selecionados na Mostra de Cinema de Tiradentes

'Infantaria', de Laís Santos Araújo, e ‘Nós Duas’, de Wéllima Kelly e Leandro Alves, representam o audiovisual local no festival mineiro

Dois filmes produzidos em Alagoas foram selecionados para a 26ª Mostra de Cinema de Tiradentes, uma das mais tradicionais do país. Trata-se dos curtas-metragens ‘Infantaria’ de Laís Santos Araújo, e ‘Nós Duas’, de Wéllima Kelly e Leandro Alves. A mostra inaugura a programação de festivais de audiovisual no Brasil em 2023 e dá sequência ao destaque da produção alagoana na cena nacional.

A Mostra de Tiradentes, que este ano selecionou 134 filmes de 19 estados brasileiros, ocorre em Minas Gerais, entre os dias 20 e 28 de janeiro. A temática escolhida para a 26ª edição é “Cinema Mutirão”, que faz alusão aos últimos três anos, quando a pandemia de Covid-19 e a ausência de políticas públicas voltadas para a cultura afetaram drasticamente a economia criativa no país.

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INFANTARIA

O curta-metragem ‘Infantaria’, de Laís Santos, é um dos destaques recentes do audiovisual alagoano no mundo. Além da Mostra de Tiradentes, o filme foi selecionado para um dos mais importantes festivais de cinema do mundo, o Festival Internacional de Cinema de Berlim, também conhecido como Belinale.

O filme conta a história de Joana, Dudu e Verbena, discorrendo sobre as diferentes etapas do amadurecimento.

“Estou encarando essa repercussão do filme com alegria; é massa demais ter um trabalho reconhecido e sei que esse reconhecimento tem aberto portas importantes. É a minha segunda ficção, um projeto onde pude dirigir crianças pela primeira vez, onde trabalhei com pessoas que admiro, onde experimentei brincar com realismo mágico e testei linguagens que certamente vou continuar estudando nos próximos filmes. Representa minha continuidade como artista”, conta Laís Araújo, na expectativa de exibir o filme tanto em Tiradentes quanto em Berlim.

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NÓS DUAS

Já ‘Nós Duas’, de Wéllima Kelly e Leandro Alves, é um registro poético da história e das memórias de dona Creuza, uma idosa que reside na zona rural de Arapiraca. A narrativa expõe e discute relações maternais, afetuosas e até mesmo violentas da vida interiorana. A história trazida ao filme foi descoberta por Leandro Alves, em 2017, quando participava de outro projeto cultural.

É o primeiro festival nacional para o qual ‘Nós Duas’ é selecionado. Para Leandro, escolha o fez recordar a emoção de produzir o filme e que, agora, quer levá-lo para o mundo.

“Mesmo tendo histórias tão dolorosas e difíceis, dona Creuza nunca deixou de nos contar elas com um sorriso no rosto e isso me marcou demais. ‘Nós Duas’ é um filme que conta uma história muito simples, mas muito verdadeira, cheia de potencial”, diz o realizador.

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Wéllima Kelly afirma que ‘Nós Duas’ é carregado de sentidos, que doem, mas também são poéticos. A diretora conta que se envolveu com o filme de maneira intensa, tanto que o curta a fez repensar sua forma de fazer cinema, já que teve que colocar muito mais em prática a escuta e o silêncio.

“O filme foi muito desafiador para mim. Dona Creuza é uma mulher incrível. Chegar nessa narrativa, conseguir acessar tudo aquilo que ela tinha, foi um processo longo. Estamos em êxtase pela aprovação na Mostra Tiradentes, é um festival muito importante e é nosso primeiro. Para a gente, que faz cinema no interior de Alagoas, é de uma alegria imensa”.