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HOME > notícias > CONCURSO E EDUCAÇÃO

MP vai investigar escolas que discriminarem portadores de necessidades especiais

Assunto foi discutido em reunião e órgão se comprometeu a expedir uma recomendação a unidades

Com

o objetivo de garantir educação a crianças e adolescentes com

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necessidades especiais, o Ministério Público (MPE) decidiu iniciar

uma investigação para saber quais unidades de ensino estão se

recusando a matricular alunos especiais. O assunto foi discutido

nesta segunda-feira (21), em reunião entre o procurador-geral de

Justiça, Sérgio Jucá, e a Associação Amor 21, que representa os

pais de filhos com Síndrome de Down.

Durante

o encontro, os diretores Amor 21 entregaram um ofício pedindo que o

órgão adote as medidas necessárias para garantir a matrícula de

estudantes especiais na rede privada, visto que a entidade vem

recebendo denúncias de que as unidades, ainda que de forma sutil,

estão colocando obstáculos para receber crianças com Síndrome de

Down.

O

Ministério Público se comprometeu a expedir uma recomendação a todas as

escolas quanto à questão.

"Precisamos

que o Ministério Público intervenha porque, sozinha, a associação

não consegue resguardar esse direito. As escolas alegam que a

criança vai precisar de uma estrutura diferenciada de ensino e, por

isso, não podem recebê-la. Entretanto, nós estamos amparados por

lei e precisamos que esse acesso seja dado sem discriminação",

declarou Neila Sabino, presidente da entidade.

absurdo o que algumas escolas estão fazendo. Tem delas que chegam a

cobrar o dobro da mensalidade, sob a alegação de que precisarão de

um professor auxiliar na sala de aula. Ora, mas esse custo tem que

ser pago pelos pais? E onde está a proposta do ensino inclusivo? Não

se educa dessa forma", alegou Antônio de Pádua.

Diante

da problemática, o MPE assegurou iniciar uma investigação. A

atuação vai envolver as Promotorias de Justiça da Fazenda Pública,

Consumidor, Direitos Humanos e Criminal, além da própria chefia da

instituição. Será instaurado um inquérito civil e, inicialmente,

a atuação será na esfera extrajudicial por meio da expedição de

uma recomendação às unidades privadas, que terão um prazo para

promover as mudanças.

"Caso

elas silenciem e continuem descumprindo a legislação, ingressaremos

com uma ação civil pública por obrigação de fazer, no sentindo

de que o Poder Judiciário determine que as unidades de ensino

cumpram o que determina a le"?, informou Sérgio Jucá.

?O

Ministério Público não vai permitir que essa prática intolerável

continue acontecendo. A Constituição Federal protege o princípio

da dignidade humana e esse é um direito que jamais pode ser violado.

Além disso, o Estatuto da Criança e do Adolescente diz que é crime

submeter a criança e o adolescente à situação de vexame ou

constrangimento", assegurou o procurado-geral de Justiça.

Legislação

A

Lei federal nº 7.853/89, que dispõe sobre o apoio às pessoas com

deficiência a sua integração social, estabelece a inclusão, no

sistema educacional, da educação especial como modalidade educativa

que abranja a educação precoce, a pré-escolar, as de 1º e 2º

graus, a supletiva, a habilitação e reabilitação profissionais,

com currículos, etapas e exigências de diplomação próprios nas

escolas especiais, privadas e públicas. Isso, em outras palavras,

assegura a matrícula para os alunos com qualquer deficiência.

Uma

outra norma, a Lei federal nº 13.146/15, que entrará em vigor a

partir de janeiro de 2016, veda, no seu artigo 28, a cobrança de

taxa adicional na matrícula, mensalidade ou anuidade.

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