Conheça Caio Big, o novo fenômeno do Funk Carioca

O Funk Carioca vive um novo momento de popularidade no cenário nacional e um nome que está despontando neste segmento é Caio Luiz Miranda Travasso, mais conhecido como Caio Big.

No dia 28 de maio de 2021, Caio faz sua primeira aparição nas plataformas digitais com a música “Vai Jogando”, em menos de dois meses ele lança “Noite Crazy”, em setembro do mesmo ano Caio lançou “Novinha da Zona Sul”, ousado o cantor colocou um paredão de baile funk na caçamba de uma picape em Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro, fazendo o bairro parar para aplaudir o artista. “Novinha da Zona Sul” é sucesso nas plataformas digitais e se tornou a música carro chefe do cantor.

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Versátil e com capacidade de transitar em vários estilos musicais, em outubro de 2021, Caio Big lançou o primeiro feat “Jeito Bom”, para tal se reuniu com dois grandes nomes no cenário pop/funk: Ceejay e Angel.

Hoje, aos 20 anos de idade o cantor também assume as funções de compositor e produtor de clipes, acompanha de perto todas as etapas da carreira: “Meu maior sonho é ser reconhecido pelo o que eu faço. Ouvir minhas músicas tocando em todo Brasil”

Nos conta um pouco como surgiu sua paixão pela música?

Este amor vem de berço. Desde bebê tive contato com a música, minha mãe trabalhou por muitos anos em uma escola de samba no Rio de Janeiro. E na comunidade onde nasci e fui criado, como na maioria das comunidades ,o funk é o ritmo que predomina e é visto como a válvula de escape de muitos apesar do preconceito que ainda existe, o gênero já tirou muita gente da pobreza. Eu desde cedo percebi a importância da música na vida das pessoas, é a arte que cura, salva, alegra.

Sempre tive um instinto natural para música. Minha diversão era brincar de cantar, colecionar cds e dvds, organizava apresentações nas festas de família, imitava grupos como o KLB. Eu tinha uma curiosidade enorme para saber como funcionava os bastidores de um show. Tudo que envolvesse música eu estava pesquisando, estudando.

Esse conjunto de coisas me fizeram criar uma bagagem pra por em prática tudo que eu faço atualmente.

Você se lançou de forma independente na pandemia. Explica este processo para gente?

Essa vontade já existia desde pequeno e foi aflorando com o passar dos anos, mas devido a vários motivos eu fui deixando pra segundo, terceiro, quarto plano, até mesmo pela falta de crença em mim mesmo, sempre ouvindo e deixando que as pessoas decidissem por mim meu futuro. Lá em casa a prioridade sempre foi estudar, ter uma formação acadêmica. O que eu faço e não vejo como errado, acho que a gente que quer viver da arte precisa ter um plano B. Com a pandemia eu tive tempo para fazer um laboratório comigo mesmo, onde eu me permiti experimentar colocar em prática todos os sonhos, tirar mesmo eles do papel, foi aí que eu decidi iniciar tudo sem ajuda de ninguém, comecei a fazer covers de outros artistas, me movimentei para gravar a primeira música, música essa que compus junto com meu produtor musical, e assim cheguei até aqui.

Hoje olho pra trás com muito orgulho, mesmo com pouco tempo de carreira não imaginava ter os números conquistados, as músicas lançadas com clipes lindos, e tantas outras coisas boas que aconteceram! É prazeroso criar, idealizar e realizar.

Você é cantor e compositor. De onde surge as suas inspirações para compor?

Eu ainda estou num processo de muito aprendizado na composição, ainda sou um bebê, aprendo muito com meus colegas da música, mas sempre me esforço pra me aperfeiçoar mais, mas sempre que tem algo a se criar, vem naturalmente, sempre que vem uma melodia na minha cabeça eu fico cantarolando e gravo no celular, e depois vou encaixando as frases nessa melodia, e as vezes acontece tudo ao contrário, eu penso em uma rima, onde eu crio uma melodia que encaixe, e assim vai, nunca é sob pressão ou com temas prontos, sempre flui naturalmente.

Você já possui quatro músicas muito bem engajadas nas plataformas digitais. Como você analisa este cenário?

Eu vejo como um reconhecimento de um trabalho feito com muito carinho, dedicação e cuidado. Eu me cobro demais, cobro a minha equipe, sempre quero entregar o melhor para o público. É gratificante saber que a minha música faz parte de momentos marcantes na vida das pessoas, eu me emociono muito, sempre fico imaginando quem está escutando, em qual festa ou almoço em família ou aniversário, então ver os números crescendo me faz pensar que está valendo a pena cada investimento que faço, noites de sono perdidas, de pouco em pouco o meu som está chegando a lugares antes não imagináveis.

Para o ano de 2022 o que podemos esperar de Caio Big? Algum lançamento? Feat?

Esse ano tem muita novidade, podem esperar muita versatilidade musical, muitos ritmos, muitos feats, já temos lançamentos preparados pra esse primeiro semestre, onde eu lanço meu primeiro EP, e para o segundo semestre também! Então podem aguardar que vem coisa boa por aí!

Você já atuou como modelo PlusSize e levanta a bandeira dos gordos. Explica para gente a importância deste movimento para você?

Eu sempre tive que lidar com essa questão, pois já venho de uma genética familiar onde a maioria tem uma estrutura corporal grande, então vivendo numa sociedade repleta de padrões estéticos sempre me vi tentando chegar ao que seria agradável aos olhos das pessoas, e quando comecei a gostar de mim mesmo como sou, e comecei a ter mais referências nas mídias de pessoas que apoiam a causa e são gordas e estão em novelas, programas, tudo foi fluindo para uma vida mais liberta desses padrões, onde eu não precisava mais me esconder em roupas pretas, ou me jogar em uma dieta louca. E atualmente tenho uma vida saudável, frequento academia, tenho acompanhamento médico, mas tudo isso em prol de uma vida saudável e não de um corpo magro, porque as pessoas ainda não entendem que pra ser saudável não precisar ser magro, e magreza não é sinônimo de saúde!

O que eu quero que as pessoas saibam é que elas podem ser lindas e felizes do jeito delas sem precisar ser escrava de padrões estéticos.

Você é negro, oriundo de comunidade e cantor de funk. Você já sofreu algum tipo de preconceito por isso??

Já passei por muitas situações em que o preconceito me atingiu em diferentes ocasiões e maneiras, mas tento evoluir a cada vez que isso acontece, e sempre fazer com que a pessoa que teve essa atitude aprenda e reconheça, e nunca vou me calar diante de preconceituosos.

Como lida com assédio das fãs?

Lido muito bem, sempre com muito respeito e atenção ! Sou extremamente feliz e grato por elas me curtirem. Eu amo o contato com as fãs, sempre recebo mensagens nas redes sociais e tento responder todo mundo. Eu acho que dar atenção é o mínimo que eu posso fazer para retribuir todo carinho que recebo.

Musicalmente falando qual é o seu maior sonho?

Meu maior sonho é ser reconhecido pelo o que eu faço. Ouvir minhas músicas tocando em todo Brasil, representando cada vez mais pessoas com minha voz.