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Outono: 6 dicas para blindar a pele do clima frio e seco da estação

Com o clima prestes a mudar no Brasil devido à chegada do outono, estação que acompanha os moradores do Hemisfério Sul de 20 de março a 20 de junho, alguns cuidados com a cútis também precisam passar por mudanças.

A época é marcada pela umidade e pelas temperaturas mais baixas. Por isso, pede atenção especial no que diz respeito à pele.

De acordo com a dermatologista e integrante da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) Paola Pomerantzeff, o momento deve ser de foco na hidratação. “No outono e no inverno, a pele pode e deve ser hidratada mais vezes durante o dia, porque irá sofrer com o clima e ficar mais ressecada”, explica.

Devido à mudança do clima, Paola também pontua a necessidade de adaptar a rotina da pele, pois a cútis pede cuidados específicos a cada nova estação. Levando isso em consideração, o Metrópoles ouviu especialistas que listaram dicas e cuidados a serem tomados durante esta época do ano.

Antes de tudo, conheça o seu tipo de pele

Primordial em qualquer época do ano, conhecer sua pele é essencial para saber quais cuidados tomar — e quais produtos eleger. “Só assim o tratamento adequado irá ajudar também a potencializar os resultados”, explica a fisioterapeuta e especialista em estética Renata Taylor.

“Quando a escolha do produto é errada, os ativos trabalharão de forma contrária ao que a pele necessita, promovendo respostas inadequadas”, pontua a profissional da HTM Eletrônica.

Escolha produtos menos agressivos e com textura mais “grossa”

Conforme explica Paola, o momento pede cuidado com os produtos de limpeza. Como a derme tende a ficar mais sensível neste época do ano, determinados cleansing podem prejudicar seu pH e a barreira de proteção da cútis, a tornando mais sensível e ressecada.

“Durante o outono, algumas pessoas que possuem a pele mais sensível começam a perceber algumas mudanças na sua textura”, explica Pomerantzeff.

Diferente do que é feito no verão, quando o ideal é utilizar produtos mais fluídos, como séruns e géis, o tempo frio pede o oposto. A dermatologista explica que o ideal é apostar naqueles que tenham uma textura mais “grossa” e rica em ativos, como cremes, loções e óleos.

“Se você quiser dar um passo adiante, procure hidratantes que listem ingredientes como ceramidas e ácidos graxos. Eles podem ajudar a compensar uma deficiência nos lipídios naturais da pele e, por fim, auxiliar no reparo da barreira que protege a cútis do frio”, declara a dermatologista Cintia Guedes.

Lembre-se de hidratar os lábios também.

Evite banhos quentes — e não reduza a ingestão de água

Priorize a água morna! “Banhos quentes e demorados durante o outono podem acabar retirando o manto hidrolipídico da pele, um hidratante produzido pelo próprio corpo que atua como uma camada protetora, e causar um ressecamento ainda maior”, alerta Taylor.

“Uma dica de beleza para manter o corpo e a pele hidratados em qualquer estação é beber bastante água”, sugere a profissional.

A hidratação acontece de dentro para fora! Nesta época do ano, apesar das pessoas não sentirem muito calor, o consumo de água é um dos principais aliados na hidratação da cútis.

Aposte nos ácidos

Apesar dos ácidos não serem recomendados no calor, a época mais fria é ideal para tratar a pele com eles — desde que com a orientação de um dermatologista. “No outono e no inverno, devido à menor exposição ao sol, as prescrições de ácidos e peelings aumentam”, pontua Pomerantzeff.

De acordo com a médica, os peelings, se associados a lasers, ajudam a melhorar as manchas e os poros. Quanto aos ácidos, a dermatologista recomenda aqueles que podem reduzir o melasma, como o ácido retinóico, hidroquinona, glicólico e azelaico.

Esfolie a pele

“O esfoliante contém partículas granulares ou enzimáticas que ajudam a remover as células mortas da superfície da pele, tornando-a mais suave, luminosa e com aparência renovada”, explica a dermatologista Lilian Brasileiro, também integrante da SBD.

Seu uso, no entanto, deve ser feito com cautela. De acordo com a médica, a esfoliação excessiva pode fazer o efeito inverso do desejado: irritar a pele, causar vermelhidão e sensibilidade. Também pode piorar as manchas e provocar efeito rebote na oleosidade.

“De maneira geral, o recomendado é realizar a esfoliação uma vez por semana ou a cada duas semanas, o que dependerá do tipo de pele e da sensibilidade individual”, salienta Lilian.

Não esqueça do protetor solar

Tudo bem que o sol não vai aparecer com tanta frequência durante o outono, mas isso não é motivo para deixar de usar o protetor solar. “Um filtro solar de amplo espectro protege a pele do envelhecimento (manchas, rugas e flacidez), de queimaduras e ajuda a prevenir o câncer de pele”, ressalta a dermatologista Cintia Guedes.

Sempre benéfico, ele deve ser utilizado diariamente. Segundo a especialista, o filtro solar também pede atenção à sua composição. A médica sugere priorizar aqueles que contenham extratos e ativos antioxidantes e anti-inflamatórios.

“Esses ativos são importantes, porque nenhum filtro confere 100% de proteção; e nem sempre aplicamos de maneira uniforme e na quantidade adequada”, finaliza Cintia.