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Ministério da saúde apresenta números da febre maculosa no Brasil

Desde 2001, quando a doença passou a ter notificação compulsória, o Ministério da Saúde promove ações para qualificar a vigilância da doença

Há 20 anos, a febre maculosa foi incluída na lista de notificação compulsória no Brasil, ou seja, a doença deve ser obrigatoriamente comunicada às autoridades de saúde pública. Em razão da data, o Ministério da Saúde divulgou um Boletim Epidemiológico, com o objetivo de descrever o perfil da doença e apresentar marcos históricos desde sua descoberta no País até os dias atuais. A publicação se deu na última segunda (20), durante o webinar “Vigilância da Febre Maculosa no Brasil”.

Segundo o documento, de 2007 a 2021, foram notificados 36.497 casos de febre maculosa no Brasil, dos quais 7% foram confirmados, em uma média de 170 por ano nesse período. Dos 2.545 casos confirmados, 2.538 relataram situações referentes à exposição de risco e, destes, 68,5% frequentaram ambiente de mata. Dos casos confirmados, 70,7% foram de pessoas do sexo masculino e em maior proporção na faixa etária de 35 a 49 anos. Quanto à exposição de risco aos animais, 74,7% relataram terem sido expostos a carrapatos. Ficando em segundo lugar, a exposição a cães e gatos, com 41% dos casos.

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Para melhorar a oportunidade de suspeição da doença e possibilidade de tratamento, o Ministério da Saúde prepara uma série de ações, incluindo webinares, capacitações e materiais orientadores para sensibilizar os profissionais da saúde sobre a febre maculosa. Estão previstos para serem lançadas, ainda em 2022, as publicações: “Roteiros de capacitação em diagnóstico clínico, epidemiológico e laboratorial da febre maculosa brasileira”; “Febre maculosa por Rickettsia parkeri”; e “Febre maculosa - aspectos epidemiológicos, clínicos e ambientais”.

Durante o mês de junho, o Ministério da Saúde transmitiu webinares sobre o assunto, em uma sequência com os temas “Vigilância da Febre Maculosa no Brasil” e “Entomologia como Componente da Vigilância de Ambientes para Febre Maculosa”. Na próxima sexta (24), acontece o encerramento da série com o tema “Diagnóstico Laboratorial da Febre Maculosa: Como Interpretar e sua Importância”.

A doença

A febre maculosa é causada por uma bactéria do gênero Rickettsia, transmitida pela picada do carrapato. É uma doença infecciosa e febril aguda. Ela pode variar desde as formas clínicas leves e atípicas até formas graves, com elevada taxa de letalidade. No Brasil, duas espécies de riquétsias estão associadas a quadros clínicos: a Rickettsia rickettsii, que leva ao quadro de Febre Maculosa Brasileira (FMB) considerada a doença grave, registrada no norte do estado do Paraná e nos estados da região Sudeste; e a Rickettsia parkeri, que tem sido registrada em ambientes de Mata Atlântica (Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Bahia e Ceará), produzindo quadros clínicos menos graves.

Diagnóstico

O diagnóstico oportuno da febre maculosa é difícil, principalmente durante os primeiros dias de doença, tendo em vista que os sintomas também são parecidos com outras doenças, como a leptospirose, dengue, hepatite viral, malária, sarampo e pneumonia. No entanto, é importante que a pessoa com suspeita da doença procure um médico para avaliação dos sintomas. Durante a consulta, o profissional buscará saber se a pessoa mora em região de mata ou florestas, onde possa ter sido picada por carrapato. O profissional de saúde também solicitará exames para confirmar o diagnóstico.

Tratamento

O tratamento da febre maculosa é essencial para evitar formas mais graves da doença. Assim que surgirem os primeiros sintomas, é importante procurar uma unidade de saúde. O tratamento é feito com antibiótico específico e deve ser iniciado no momento da suspeita. Em determinados casos, pode ser necessária a internação do paciente. A falta ou demora no tratamento da febre maculosa pode agravar o caso, podendo levar ao óbito.

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