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Máscaras são realmente úteis para proteger do coronavírus?

Corrida para comprar máscaras de proteção ocorreu em todo o Brasil na última semana

Apesar de oferecerem algum grau de proteção, as máscaras cirúrgicas não são barreiras intransponíveis contra o coronavírus. De acordo com especialistas, a defesa dessas máscaras varia conforme o grau do risco de contaminação. Mesmo assim, na última semana, brasileiros correram para comprar caixas e caixas de máscaras.

Atualmente, dois tipos de máscaras são utilizadas por profissionais de saúde em ambientes infecciosos. A máscara cirúrgica comum, feita de tecido descartável, evita que o usuário contamine o ambiente. Já a máscara mais dura (N95), feita de microfibras sintéticas, evitam que o ambiente contamine o usuário.

Um estudo feito no Hospital Rei Faisal, de Jedá, na Arábia Saudita, mediu a  eficácia de máscaras cirúrgicas e da N95 contra o coronavírus causador da MERS (Síndrome Respiratória do Oriente Médio) e profissionais de saúde.

"Profissionais de saúde que relataram estar sempre com nariz e boca cobertos por uma máscara médica ou um respirador N95 tiveram risco menor de infecção do que aqueles que relataram fazê-lo apenas ocasionalmente ou em parte das vezes", escrevem os cientistas, liderados pelo médico Basem Alraddadi, em artigo na revista Emerging Infectious Diseases em 2016.

"Essa associação, porém, só tinha significância estatística entre profissionais de saúde presentes em salas onde eram conduzidos procedimentos geradores de aerossol."

Isso significa que o uso foi relevante em momentos nos quais os médicos limpavam as vias aéreas dos pacientes ou trocavam seus equipamentos de respiração, por exemplo. A eficácia das máscaras não foi verificada para aqueles que contraíram o vírus da MERS fora desse ambiente de alto risco.

Os coronavírus têm tipicamente tamanho acima de 100 nanômetros, mas, como o material das máscaras varia e não há estudo de penetração específico para o novo coronavírus, o 2019-nCoV, cientistas ainda são reticentes em prescrever a N95 como uma barreira intransponível.

Uma das razões é que a N95 é projetada para selar o rosto de forma mais hermética que as máscaras de tecido, mas alguns usuários têm dificuldade de ajustá-la. Estudos de eficácia foram conduzidos para verificar a proteção contra o vírus da gripe, que tem tamanho entre 80 nanômetros e 120 nanômetros.

Por ora, o Ministério da Saúde não orienta que a população use máscaras sem que haja confirmações de casos de coronavírus no Brasil. A pasta informou que elas são recomendadas, neste momento, a profissionais de saúde, trabalhadores de aeroportos e portos que recebem pessoas de fora do país, e pacientes suspeitos no contato com outras pessoas.

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