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Estresse é vilão e faz crescer nº de bebês que nascem com deficiência em Alagoas

Revolta e falta de compromisso com vida intrauterina têm ocasionado cardiopatia congênita e lesão cerebral

O número de bebês que nascem com problemas neurológicos e outras deficiências decorrentes do estado emocional vivido pelas mães no período de gestação tem crescido nos últimos anos em Alagoas. A realidade não é somente local, mas é cenário vivenciado por várias mães de outros estados do país. E quem atesta o fato é o médico pediatra Milton Hênio, que atua na área há 55 anos, período em que atendeu cerca de 5 mil casos desse tipo. Segundo o especialista, o quadro é preocupante e o maior vilão é o estresse vivenciado pelas gestantes diariamente.

AGazetaweb conversou com o pediatra, que explicou a situação vivenciada por milhões de mães que tentam lidar com as várias deficiências dos filhos, muitos deles frutos de uma atitude irresponsável e imatura por parte de jovens mulheres. Para Milton Hênio, o bebê que está no útero precisa de silêncio, de um ambiente harmônico, para que nasça sadia e sem nenhuma intercorrência física ou mental.

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"A máquina humana é uma máquina perfeita e isso é verificado através da formação do bebê até a fase idosa. Ela funciona de maneira harmônica. Se houver presença de cigarro ou qualquer droga, substâncias tóxicas, exercícios físicos exagerados e alimentação desregrada, tais fatos podem ocasionar sérios problemas para o feto. Eu, em toda a minha vida, nunca vi tantos bebês nascendo com cardiopatia congênita ou lesão cerebral. Inclusive, chamo a atenção para o grande número de gestações oriundas do 'fiquei e do ficou', o que demonstra imaturidade por parte da mãe", esclareceu o pediatra.

Porém, segundo o pediatra, o maior vilão causador de alguma alteração física ou mental - nos dias de hoje - é o estresse em virtude da correria do dia a dia. Isso é verificado na falta de compromisso da mãe com um ser humano que ela mesma carrega em seu ventre.

"Com os picos de estresse, a placenta se contrai demais e vai menos oxigênio para o cérebro e para o coração do bebê, gerando esses transtornos. É preciso que todas as mamães fiquem atentas desde a descoberta da gravidez, renunciando a tudo o que possa fazer mal ao bebê. Hoje, o pior ambiente é aquele lar desassistido, voltado a brigas, confusões, porque o feto vai sentir. Sem falar depois do nascimento, pois a criança - dos três aos seis anos - grava, para sempre, tudo o que vê e o que sente", frisou o especialista.

Com 55 anos de formação, o médico pontua que já atendeu a 5 mil casos do tipo, mas nunca presenciou um crescimento tão desenfreado, realidade esta não só de Alagoas, mas de todo o país.

DRIBLANDO OS PROBLEMAS

A reportagem encontrou resistência em várias famílias que não quiseram conceder entrevista, mas uma delas resolveu conversar por telefone, relatando o drama diário na criação de um garoto de 9 anos de idade, que possui retardo de aprendizagem, ansiedade, medo e gagueira.

A prima da mãe da criança, que preferiu manter a própria identidade e a do menor em sigilo, explicou que os problemas vividos pelo menino são derivados de drogas usadas pela própria mãe durante o período gestacional, além de momentos de estresse, revolta e rejeição à notícia de que terá um filho. Atualmente, os pais são separados, moram na rua e usam drogas.

"Minha prima batia na barriga, revoltada, pois não queria ter a criança. Sem falar no uso de entorpecentes, porque ela já usava e continuou a usar, mesmo estando grávida. Ela chegou a tomar remédios para não ter o bebê. Com a graça de Deus, o menino nasceu e passo a criá-lo com todo o amor e carinho", contou, acrescentando que a mãe do pequeno vivencia as drogas desde a adolescência, inclusive, tendo sido presa suspeita de pequenos roubos e furtos.

TRATAMENTO

A psicóloga Ariane Acioli, que atende na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), também ressalta que o ambiente de convívio da gestante é repleto de intercorrências que vão gerar consequências para o bebê, seja no útero ou fora dele.

"Começamos com o acolhimento ao paciente, seguido da avaliação do diagnóstico e a própria terapia, a cognitiva-comportamental e a do esquema, voltadas às emoções que interferem no comportamento e ao tratamento da personalidade", explica a psicóloga, citando, também, o método da hipnose, fazendo a regressão até a vida uterina.

"Nas avaliações que faço, quarenta por cento delas estão relacionadas a esses problemas. Com certeza, o estresse é o vilão atualmente", externou Ariane, acrescentando que sente falta de grupos terapêuticos de gestantes em Alagoas, com foco na questão emocional.

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