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Aumento dos casos de gripe H1N1 provoca mudanças de hábitos em alagoanos

Médico diz que não há motivo para pânico; escolas e órgãos públicos adotam medidas preventivas

A gripe H1N1, também chamada "Gripe Suína", ficou conhecida entre 2009 e 2010, quando afetou grande parte da população. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 207 países e demais territórios notificaram casos confirmados entre este período. Foram quase nove mil mortos em decorrência da doença respiratória. O surto se alastrou, causando medo às pessoas.

Com o avanço das notificações, vacinas foram produzidas e os efeitos da gripe H1N1 foram diminuindo. Mas, em 2016 o número de casos notificados no Brasil já é superior a 2015 e o medo de contrair a Influenza A fez com que a população, órgãos públicos e instituições de ensino mudassem hábitos para evitar a contaminação. Médicos e unidades de saúde tranquilizam a população e dizem que não há motivos para pânico.

A diretoria do Colégio Santíssimo Senhor passou a adotar medidas preventivas desde o segundo semestre de 2015, quando implantou pontos de álcool em gel nas portarias e nas salas de aula do Ensino Infantil. Todos precisam higienizar as mãos antes de entrar na unidade de ensino.

"Como possuímos um aglomerado de pessoas e o risco de contaminação é muito grande nesses ambientes, decidimos tomar essa iniciativa para prevenir, além de incentivar a higienização. Nosso foco são as crianças do [Ensino] Infantil, pois estão dentro do grupo de risco estabelecido pelo Ministério da Saúde", explicou Maria José Lopes, diretora do colégio.

Segundo ela, a escola possui cerca de 1.000 alunos e 110 funcionários. A aceitação da medida foi positiva com todos. A instituição pretende dar continuidade, mesmo sem o risco da gripe.

"Todos os pais elogiaram e principalmente entenderam o nosso propósito que é proteger seus filhos. As crianças logo disseminaram a informação e levaram o aprendizado para dentro de casa, inclusive incentivando os pais a adotarem essas medidas nas residências ou locais de trabalho", comemora.

Mãe de duas meninas, Ana Clara, de 4 anos, e Ana Luíza, de 2 anos, Camila Barros aprovou a iniciativa da escola e aprendeu com as filhas sobre o hábito de passar álcool em gel nas mãos. Agora, a família adotou a medida em casa.

"A iniciativa de colocar em prática o uso do álcool em gel nas crianças é de total importância, principalmente para a saúde. As minhas filhas chegaram em casa dizendo que, na escola, a tia passava gel nas mãos e era para comprarmos o álcool em gel para proteger da gripe. Achei engraçado, mas ainda não tinha começado a fazer isso. De uma certa forma, elas estão cientes do que está acontecendo hoje e aprendem desde cedo como evitar a contaminação", comentou.

Já a advogada Vera Cristina adquiriu três potes de álcool em gel, uma caixa de luvas e de máscara, por conta de sua mãe, Maria José, de 85 anos, que esteve acamada por duas semanas por causa de uma virosa. Devido à baixa imunidade, a advogada tomou essa medida de precaução para evitar que pessoas de fora possam contaminá-la ainda mais. Ela também possui um neto de apenas 4 meses de idade.

"Minha mãe tem 85 anos e todo o cuidado é pouco com ela, que já tem a saúde debilitada, assim como meu neto de apenas 4 meses, que ainda não tomou todas as vacinas. Ou seja, ele ainda não está protegido e por isso devemos sempre nos prevenir para não coloca-los em risco", disse.

Órgãos públicos

Alguns órgãos públicos também adotaram medidas preventivas para evitar a contaminação e prevenir a gripe H1N1. No Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE-AL), a coordenação distribuiu em todas as unidades pontos de álcool em gel, como também disponibiliza máscaras e luvas caso haja necessidade.

De acordo com o coordenador de Serviços Gerais do TRE-AL, Luiz Gustavo, o órgão tomou essa iniciativa por se tratar de uma repartição onde há grande circulação de pessoas, principalmente nos próximos dias onde milhares de pessoas precisam regularizar o Título de Eleitor.

"Resolvemos colocar nesses locais por precaução, pensando no melhor para os servidores e na população, mas, infelizmente, a procura por parte da população é pouca, porque é um mal hábito do brasileiro", explicou.

Não há motivos para pânico

De acordo com médico infectologista Celso Tavares, a H1N1 é um vírus como o de qualquer outra gripe, pois os sintomas são parecidos. O diferencial fica por conta da indisposição e da febre.

"Muita gente confunde resfriado com gripe. Apesar dos sintomas serem parecidos, a gripe se diferencia porque causa uma indisposição no paciente, como também há o sintoma da febre, que é o mais comum em casos de virose. O resfriado já existe a coriza, a secreção e outros fatores, mas não chega a causar uma indisposição em que o paciente fique impossibilitado de trabalhar, por exemplo", explicou.

Outro ponto que o infectologista salientou é que a Influenza A é uma virose e que requer todos os seus cuidados. O grande erro da população, de acordo com o médico, é procurar por auxílio médico quando os sintomas já estão em estado avançado.

"As pessoas tratam a virose com medicamentos simples de resfriado ou até mesmo nem tratam e quando os sintomas já estão agravados é que procuram auxílio médico. Às vezes, tarde demais, pois é nas complicações que se pode chegar até a morte. A gripe em si não mata, mas a falta de tratamento gera complicações possivelmente fatais", relatou.

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