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HOME > notícias > CIÊNCIA E SAÚDE

Aumento de malformação congênita em crianças deixa saúde de Alagoas em risco

Comissão lança plano de ação para tentar reverter a situação no estado

Além do risco de microcefalia em crianças, o vírus da zika - transmitido pelo mosquito Aedes aegypti - vem sendo responsável por um perigo ainda maior em Alagoas. Levantamento divulgado há uma semana, pelo Ministério da Saúde, revela que entre novembro de 2015 e dezembro do ano passado, o estado registrou 10 mortes fetais, neonatais e infantis relacionadas à infecção pelo zika.

O número corresponde a 29,4% dos 34 óbitos nessa faixa etária que estão sob suspeita de terem ocorrido por ação do mosquito. Desse total, segundo o governo federal, apenas três mortes foram descartadas. Outros 14 casos foram considerados inconclusivos.

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No período analisado pelo Ministério da Saúde, Alagoas registrou 722 casos com alterações no crescimento e desenvolvimento possivelmente relacionados à infecção pelo vírus zika. Desse total, 141 foram confirmados - o equivalente 19,5% do total. Outros 278 foram descartados e 76 deles foram considerados inconclusivos.

Segundo o Ministério da Saúde, em todo o País foram notificado 17.041 casos suspeitos de alterações no crescimento e desenvolvimento possivelmente relacionadas à infecção pelo vírus zika e outras causas infecciosas.

Desse total, 2.133 - o equivalente a 12,5% - foram excluídos, "após criteriosa investigação, por não atenderem às definições de caso vigente", informa a pasta, em boletim epidemiológico.

O governo federal revela ainda que a maioria dos casos notificados concentra-se na região Nordeste do país, que encabeça o ranking com 9.979 casos suspeitos, o equivalente a 58,5% do total de casos no País. Em seguida aparecem as regiões Sudeste (25,1%) e Centro-Oeste (7,5%).

Os dados acenderam o sinal de alerta nos gestores de saúde de Alagoas. Em portaria publicada no Diário Oficial do Estado desta terça-feira (09), a Comissão Intergestores Bipartite (CIB) - órgão vinculado à Secretaria de Estado da Saúde que tem como objetivo a pactuação entre os gestores do Sistema Único de Saúde (SUS) - reconhece a  necessidade monitoramento pela Vigilância em Saúde das alterações no crescimento e desenvolvimento a partir da gestação até a primeira infância, relacionadas às infecções pelo zika vírus, sífilis, toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus e herpes vírus - tecnicamente conhecidas como síndromes do acrônimo Storch.

"Em Alagoas, houve um acréscimo importante de mal formações congênitas, tais como a microcefalia após o ano de 2015, coincidindo com a introdução do vírus zika no Brasil", justifica a CIB, na resolução. "Com isto, a demanda por exames necessários à avaliação destas crianças sofreu elevação significava, sem grande acréscimo na oferta", acrescenta.

Para tentar reverter a situação, a comissão - coordenada pelo secretário estadual de Saúde, Cláudio Alexandre Ayres da Costa - decidiu elaborar um plano de ação para o que chama de "fortalecimento das ações de vigilância e cuidado das crianças diagnosticadas ou com suspeita de síndrome congênita associação à infecção pelo vírus zika e outras síndromes do acrônimo Storch".

"A vigilância rigorosa das infecções congênitas, assim como a assistência adequada das gestantes e crianças acometidas, permite que haja redução dos danos à criança e em alguns casos, há tratamentos específicos capazes de garantir um desenvolvimento saudável", acredita a CIB.

Para o plano de ação, estão previstas verbas no total de R$ 341 mil - recursos oriundos do Ministério da Saúde que devem ser empregados ao longo deste ano. Como resultado, a comissão estima reduzir o tempo de espera para realização de exames, "o que atualmente é considerado um dos 'gargalos' na assistência adequada das crianças com Storch+zika".

Sífilis

Dados do Ministério da Saúde revelam que em dez anos - entre 1998 e 2017 - o número de casos de sífilis congênita em menores de um ano de idade notificados somaram 3.866. Desse total, foram registrada 65 mortes nessa faixa etária, em decorrência da doença - reconhecida como a letra 'S' das síndromes de Storch.

Em dez anos, Alagoas foi um dos quatro estados que registraram queda nas taxas de detecção de sífilis congênita, ao lado de Roraima, Amapá e Paraíba. Apesar disso, mantém o coeficiente de mortalidade acima da média nacional, com 7,7 óbitos de menores de um ano por cada 100 mil nascidos vivos.

"Algumas doenças infectocontagiosas, quando ocorrem durante a gestação, podem ser transmitidas para o feto pela placenta ou pelo canal do parto, causando má formação, retardo do crescimento intrauterino, calcificações cerebrais, dentre outras alterações, inclusive óbito fetal. As infecções maternas que causam anomalias congênitas devem ser objeto de vigilância e cuidado", explica a Comissão Intergestores Bipartite.

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