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Alagoas imuniza menos de 70% da população contra a Covid-19

Estado apresenta o 9º pior percentual de imunização total da população do país e o 3º do Nordeste

Apesar do esforço do governo federal para imunizar toda a população contra a Covid19, o estado ainda apresenta baixos percentuais em comparação a outros do país. De acordo com os dados do consórcio de veículos de imprensa divulgados na última quarta-feira (9), Alagoas apresenta o 9º pior percentual de imunização total da população do país e o 3º do Nordeste.

O levantamento é resultado de uma parceria do consórcio de veículos de imprensa, formado por g1, “O Globo”, “Extra”, “O Estado de S.Paulo”, “Folha de S.Paulo” e UOL. Os dados de vacinação passaram a ser acompanhados a partir de 21 de janeiro. Os dados do consórcio mostram que 2.338.220 alagoanos estão totalmente imunizados ao tomar a segunda dose ou a dose única de vacinas. Este número representa 69,21% da população total do estado.

A dose de reforço foi aplicada em 1.233.263 pessoas, o que corresponde a 36,51% da população. O percentual em Alagoas é abaixo do registrado nacionalmente, que chega a 79,9% da população total do país. Já comparando com os outros estados, aparece é o 9º lugar com o menor percentual, perdendo apenas para Maranhão (67,22%), Amazonas (66,45%), Paraíba (64,44%), Tocantins (63,87%), Rondônia (62,94%), Acre (62,88%), Amapá (56,34%) e Roraima (53,3%).

No Nordeste, o estado ocupa o terceiro pior percentual perdendo apenas para Maranhão (67,22%) e Paraíba (64,44%). A população com 3 anos de idade ou mais (ou seja, a população vacinável) que está parcialmente imunizada é de 50,92% e a população com 3 anos ou mais que está totalmente imunizada é de 30,8%.

A dose de reforço foi aplicada em 50,67 % da população vacinável (com 18 anos de idade ou mais). Na capital alagoana, segundo dados divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde, estão totalmente imunizados ao tomar a segunda dose ou a dose única de vacinas 783.136 maceioenses, o que representa 79,39% da população vacinável. Na população pediátrica que recebeu as duas doses, na faixa etária de 5 a 11 anos, o percentual é de 41,46%.

ALERTA PARA VACINAÇÃO

Os números preocupam os profissionais da saúde. Segundo o infectologista Fernando Maia, por conta da redução do número de casos e mortes, a população deixou de procurar a vacina e segue sem a imunização completa.

No entanto, ele relembra que a pandemia ainda não acabou e a possibilidade de uma nova onda existe principalmente com a descoberta de mais uma variante do vírus.

“Não há falta de vacinas tanto em Alagoas como em todo Brasil. O que realmente preocupa é saber que a população relaxou, não está procurando completar a imunização por conta da baixa dos números. Sabemos da redução, mas o risco ainda existe e é necessário que todos se conscientizem de que não estamos livres de uma nova onda da Covid-19”, alertou Maia.

A forma mais grave da doença ainda é manifestada em algumas pessoas e, segundo o infectologista, poderia ser evitada com a imunização. Pessoas maiores de 60 anos e com comorbidades seguem como população com alto risco de infecção. “O vírus ainda está circulando, mesmo que as pessoas acreditem que os riscos diminuíram, ainda existe”, acrescentou o infectologista.

A nova variante do coronavírus, chamada de BQ.1 - identificada no Rio de Janeiro - é uma nova preocupação das autoridades da saúde. Ela é derivada da variante ômicron, uma cepa que circula hoje na Europa e causou o aumento de infecções em países como Alemanha e França. Não há mudanças em relação aos sintomas, que continuam sendo, para a maioria dos pacientes, dor de cabeça, tosse, febre, dor de garganta, cansaço, perda de olfato e paladar.

A característica principal que a difere de outras cepas é um escape muito maior da proteção das vacinas. Mas o que vem acontecendo na Europa é que desde que as pessoas tenham a dose de reforço, ela supera a imunidade em relação à infecção, mas não causa casos graves.

“A principal recomendação é estar com o calendário vacinal completo e atualizado, incluindo as duas doses de reforço. A proporção de indivíduos suscetíveis na população influencia diretamente na transmissibilidade das novas subvariantes. A nova variante parece ser mais transmissível, mas a tendência é que ela se manifeste de forma leve com as pessoas vacinadas. Quem não recebeu as doses recomendadas não está livre de ter um quadro grave. O alerta é vacinar”, concluiu Fernando Maia.