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Beija-Flor exalta história e manifestações culturais de Maceió

Desfile acontece neste domingo, 11, no Rio de Janeiro, a partir das 23 horas

À beira-mar, nas ruas de Maceió, até os coqueiros dançam ao som das marchinhas, contemplam uma história que respira cultura popular e transpira carnaval. As cores dos folguedos saltam entre prédios, compõem um paraíso de paisagens naturais e de uma gente aguerrida, que canta e dança, cria a próprio futuro. — Foi isso que os enredistas da escola de samba Beija-Flor de Nilópolis encontraram ao desbravarem a capital de Alagoas em busca de um enredo capaz de levar a agremiação à apoteose. Chegou a hora. Neste domingo (11), a Beija-Flor leva Maceió à Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro, a partir das 23h.

Com o enredo “Um delírio de carnaval na Maceió de Rás Gonguila”, a escola promete um espetáculo digno do lendário Joãosinho Trinta, carnavalesco histórico da agremiação. O desfile mergulha nas referências do tema e quer exibir Maceió para o mundo a partir da vida do homenageado: um engraxate que se declarou rei e revolucionou o carnaval de Alagoas.

De acordo com o carnavalesco João Victor Araújo, o desfile juntará a herança africana de Alagoas e a tradição da escola da Baixada Fluminense. “Gonguila é um personagem fabuloso, solar, apaixonado pelo carnaval e pela folia do centro de Maceió. Ele se declarou parte da realeza da Etiópia. Isso é carnaval na veia”, afirma.

“Alagoas é, segundo as pesquisas, um dos estados com um dos maiores números de representações culturais do país. Isso dá uma mostra da riqueza que o desfile da Beija-Flor vai trazer para a avenida”, completa Rodrigo Hilário, enredista da escola.

João Victor Araújo diz que a expectativa da escola de samba com o enredo de Maceió é conquistar seu 15º título no carnaval do Rio de Janeiro. Ele adianta detalhes e promete que o público, no sambódromo e em todo o Brasil, vai se surpreender.

“A gente começa com o Quilombo dos Palmares, que é a origem do Gonguila, para para o carnaval de Maceió, quando ele funda o bloco Cavaleiro dos Montes, aí vem a corte Etíope, que é a terceira parte do desfile, o delírio, o surto, quando ele decide colocar uma coroa na cabeça. Depois, a gente convoca a corte Nilopolitana para conhecer essa figura ilustríssima de Maceió, junto com brincantes de folguedos, do reisado. E, no final, a gente promove um grande banho de mar à fantasia, um carnaval na orla da Pajuçara”, adianta João Victor.

“Será um desfile repleto de surpresas, do início ao fim, a gente tem uma comissão de frente que promete emocionar, com muita coisa boa, muita coisa acontecendo ao mesmo tempo. A gente tem um carro a abre-alas capaz de causar um impacto bem bacana, fazendo movimentos até então nunca feitos na Marquês de Sapucaí. Trazemos uma escola grande, uma escola rica, luxuosa, a cara da Beija-Flor, a cara de Maceió”, garante o carnavalesco.

PROJEÇÃO NACIONAL

Para o escritor e historiador Carlito Lima, que conheceu Rás Gonguila, a coroação do maceioense leva à Sapucaí um pouco de cada alagoano. “A cidade não é feita de prédios, sol e mar, não é apenas isso. Nossa Maceió é feita de histórias e pessoas como o Benedito, ou Rás Gonguila, que transforma sua vida em um espetáculo de carnaval. Achei essa homenagem um resgate muito bemvindo e que projeta nossa Maceió para o mundo de um jeito bonito”, diz.

Carlito é uma das personalidades locais que participa do desfile da Beija-Flor no Rio de Janeiro. Ao lado dele estarão nomes como: Cacá Diegues, Márcio Canuto, Cafu, Gabriela Sales (Rica de Marré), e Rafaela Cocal, além de mestres da cultura popular e familiares de Gonguila.

“Queremos voltar com o título, voltar com ainda mais alegria e amor pelo carnaval. Mas, certamente, apenas essa grandiosa e merecida homenagem já nos encherá de orgulho e felicidade. É um convite para amar ainda mais nossa cidade, nossa Maceió”, finaliza Carlito.

Para JHC, prefeito de Maceió que orquestrou a homenagem da escola de samba, o desfile se converterá em um convite permanente para os turistas de todo o Brasil.

“É com muita felicidade que acompanho a tradicional BeijaFlor homenagear a nossa querida Maceió. É a primeira vez que uma escola de samba carioca levará para a Sapucaí a nossa capital, num desfile que com certeza marcará a história da cidade e de todos os alagoanos. Um motivo de muita honra para mim e que, com certeza, refletirá positivamente no nosso turismo e na nossa economia”, diz JHC.