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Três corpos são identificados e chega a 15 o número de mortos em Mariana

Agora, quatro pessoas estão na lista de desaparecidos; barragem de Fundão se rompeu no dia 5 de novembro.

A Polícia Civil informou no início da tarde deste sábado (5) que chegou a 15 o número de mortos identificados após o rompimento da Barragem de Fundão, em Mariana. Todos os corpos que estavam no Instituto Médico Legal (IML) em Belo Horizonte foram reconhecidos.

São eles: Claudemir Elias dos Santos, Pedro Paulino Lopes e Maria das Graças Celestino Silva.

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O reconhecimento foi possível através de exame de DNA. Neste sábado (5), completam-se 30 dias do maior desastre ambiental da história do Brasil e, até o momento, aSamarco ainda não explicou as causas do rompimento.

OG1fez um balanço do que osgovernos municipal, estadual e federal fizeram depois do rompimento da estrutura da Samarco, cujas donas são a Vale e a anglo-australiana BHP Billiton.

A barragem de Fundão, da mineradora Samarco, foi rompida no dia 5 de novembro, destruindo o distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, e afetando Águas Claras, Ponte do Gama, Paracatu e Pedras, além das cidades de Barra Longa e Rio Doce. Os rejeitos também atingiram dezenas de cidades na Região Leste de Minas Gerais e no Espírito Santo.

?Fechamento de um ciclo e seguir a vida com essa ausência?, disse o filho Wanderley. Maria Elisa estava em Mariana em casas de parentes no dia que a barragem se rompeu. Ela estava pescando, um hobby que mantinha, quando foi atingida pela avalanche de lama. Maria Elisa deve ser enterrada em Contagem neste sábado.

A Justiça em Mariana autorizou, nesta sexta-feira (4), o pedido de ampliação de prazo para a conclusão do inquérito da Polícia Civil a respeito do rompimento da barragem.

Maria das Graças da Silva

Maria das Graças Celestino da Silva, a Gracita, também morava na parte mais baixa de Bento Rodrigues. Ao tentar fugir do "tsunami" de rejeitos de minério, ela acabou caindo no barro e, um mês depois, o corpo foi identificado.

Pouco antes do rompimento da barragem, Maria das Graças estava na casa da filha, construída no alto de um morro, lugar protegido do mar de lama. Mas, por volta das 15h30, ela foi embora para fazer as sobrancelhas.

A filha, Marli de Fátima Felipe, diz que está se sentindo igual a um peixe fora d'água com a falta da Maria das Graças, que também deixou outro filho. Das recordações que guardará, estará sempre se lembrança do gosto com que a mãe comia tomate -- puro mesmo, segundo ela. Também não vai se esquecer dos momentos que a mãe a acompanhou antes do nascimento das netas, de 3 e 9 anos. Nestes 30 dias, Marli viveu em um quarto de hotel e agora se mudou para um apartamento, mas sonha com um quintal para as filhas brincarem e com a construção de um novo Bento.

Imagem ilustrativa da imagem Três corpos são identificados e chega a 15 o número de mortos em Mariana
| Foto: FOTO: Maria do Carmo/Arquivo Pessoal

Ele morava em Santa Rita Durão, distrito de Mariana. Apesar da curta distância de Bento Rodrigues, cerca de 10 quilômetros, a localidade não foi atingida pelos rejeitos da mineração.

Claudemir nasceu em Santa Bárbara, mas se mudou para Mariana para trabalhar e lá conheceu Roseli Gomes Aparecida, de 45 anos. ?Era um homem muito bom, doido com o filho, vivia para a família?, conta entre lágrimas e soluços. Roseli conta que o filho, de 5 anos, já percebeu o que aconteceu apesar da pouca idade.

Imagem ilustrativa da imagem Três corpos são identificados e chega a 15 o número de mortos em Mariana
| Foto: FOTO: Fabrício Lopes/Arquivo Pessoal

Para o mestrando em Geologia Fabrício Lopes, filho de Pedro, a dor se mistura com revolta. ?A minha primeira recordação é que meu pai foi um cara muito sério, que deixou uns ensinamentos muito legais?, diz.

Com o mecânico industrial, Fabrício aprendeu a importância da honestidade e de ser trabalhador. Também ficam as lembranças das conversas, como os momentos em que contava sobre os estudos. O acontecimento inesperado fez do último mês um momento difícil para Fabrício, os irmãos e a mãe.

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