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Menino que denunciou racismo em jogo de futebol diz que vai 'erguer a cabeça'

Pais levaram o garoto, de 11 anos, para registrar ocorrência na Polícia Civil de Caldas Novas

O jogador de futebol amador Luiz Eduardo, de 11 anos, que denunciou ser vítima de racismo durante um campeonato de futebol em Caldas Novas, no sul do estado, disse nesta sexta-feira (18) que quer seguir em frente com o sonho de se profissionalizar, após os momentos de tristeza depois do jogo.

"Fiquei muito triste e nem joguei direito, mas quero erguer a cabeça e seguir em frente. Respeitem o próximo. Não desistam de seus sonhos", desabafou o menino.

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O técnico apontado como o autor das ofensas, Lázaro Caiana, afirmou que a denúncia é uma "inverdade".

O caso aconteceu na última quarta-feira (16), durante a Caldas Cup. Luiz Eduardo, que joga em uma equipe de Uberlândia, em Minas Gerais, conta que o treinador do time adversário se referia a ele como "preto" durante o jogo. Um vídeo mostra quando o menino sai de campo chorando e conta a situação (veja acima).

"Ele falava assim toda hora: 'Fecha o preto, fecha o preto, fecha o preto aí'. Eu guardei para falar no final. Ele falou um monte de vezes", disse o menino, chorando.

Adriano Santos, diretor de relacionamento do Uberlândia Academy, time onde o menino joga, disse que chamou a atenção o fato de a criança sair chorando do campo mesmo após a vitória sobre o adversário.

"Alguns pais viram [ o menino chorando] e foram ver o que estava acontecendo. Ele, então, disse que tinha sido chamado de preto e apontou para o treinador adversário, falando que tinha sido ele", contou o diretor do time.

O profissional afirmou que registrou o caso junto à Polícia Militar e tentou um pedido de desculpas e retratação por parte do treinador do time adversário, o que não aconteceu. Os pais do menino, que moram em Minas Gerais, viajaram a Caldas Novas para dar suporte ao filho.

"Só de olhar para o rostinho dele, dá para ver que ele está muito triste. A gente vê passando pela televisão, mas não sabemos a proporção que é quando acontece com a gente. Está sendo muito difícil para mim, para ele, para a mãe dele", lamentou o pai, também chorando.

Técnico nega ofensas

O técnico suspeito de ser o autor das ofensas disse que foi à delegacia para registrar o que realmente aconteceu sobre o caso. "Ninguém da comissão técnica ou atleta do nosso time falou nada com nenhum atleta da equipe adversária ou comissão técnica. Nada foi relatado em súmula pelos árbitros e pelo coordenador", disse.

Lázaro afirmou que, na realidade, ele que foi vítima de injúrias raciais vindas do clube adversário e que o vídeo foi postado como forma de prejudicar sua imagem e a do clube.

A Liga Desportiva Região das Águas Thermais informou que, diante da denúncia feita, suspendeu provisoriamente o treinador da competição, até que sejam esclarecidos os fatos perante a lei.

A organização do Caldas Cup publicou em uma rede social que repudia qualquer atitude racista ou discriminatória ocorrida dentro ou fora do evento. "Afirmamos que não pactuamos com qualquer atitude discriminatória que venha a ser cometida na competição, independente de quem venha cometer tal ato. A organização estará sempre presente para que os fatos sejam apurados pelas autoridades competentes para que a diferença de cor seja só na camisa", diz o comunicado.

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