E eis que seu marido e você resolvem dar um irmãozinho (ou irmãzinha) para sua filha e após tentar por oito meses a tão esperada gravidez acontece, com um temperinho a mais: em vez de um bebê serão seis! Ou seja, sua família que, no início de 2023, tinha três pessoas acabará o ano com nove integrantes. Parece brincadeira, mas é a nova realidade do casal Quezia Sopeletti e Magdiel Costa.
"Mexeu com meu psicológico. Fiquei muito mal, desesperada e assustada. Só queria chorar, porque passava um monte de coisa na minha cabeça: 'Será que vou dar conta?' . Pensei que entraria em depressão, porque foi um baque muito grande", relembra, em entrevista ao gshow, a dona de casa de 29 anos, que descobriu há três semanas que será mãe de sêxtuplos.
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Foi na internet que a jovem moradora de Colatina, no Espírito Santo, com o marido e a filha do casal, Heloísa, de 4 anos, começou a se recuperar do susto. Reservada no mundo virtual, ela resolveu criar uma conta em uma rede social mostrando o novo cotidiano, com o objetivo de conseguir doações.
"Minha vida mudou radicalmente, não esperava que repercutisse tanto. O que não fazemos pelos sêxtuplos?", diz Quezia, bem-humorada. "Quando passou o impacto, li as mensagens e fui melhorando com todo apoio, incentivo e carinho que recebi. Agora estou muito feliz e concluí que fui abençoada por Deus"
O choque também foi grande para Magdiel, tanto que o marceneiro deixou a sala antes que o exame que revelou a gravidez múltipla fosse concluído. "Não acompanhei quando a médica falou que eram seis. Só acreditei mesmo quando vi o resultado. Ri num misto de nervoso e felicidade".
De acordo com o pai das crianças, o casal só saberá se entre os bebês há algum par idêntico nas próximas ultrassonografias, já que a gestação tem apenas três meses. Passada a surpresa, eles estão ansiosos com a chegada dos bebês, tanto que já pensaram em doze nomes -- seis femininos e seis masculinos -- cercando, assim, todos os cenários possíveis. Maya e Théo estão no topo da lista.
Gravidez rara 🤩
A ginecologista e obstetra Mariana Rosário afirma que uma gravidez natural gemelar ocorre entre 1,5% e 3% de todos os casos. Além disso, gestações como a de Quézia são raras e consideradas de alto risco.
"Os principais perigos são transfusão feto fetal -- quando um bebê desvia sangue da placenta do irmão para si mesmo -- pré-eclâmpsia, diabetes gestacional e parto prematuro. Por isso, é fundamental não descuidar do pré-natal", alerta a médica que é membro do corpo clínico do hospital Albert Einstein.
E é exatamente isso que a mamãe de sêxtuplos está fazendo.
"Estou em repouso e também tenho acompanhamento nutricional, porque não tenho vontade de comer, mas sei que preciso", pontua ela.
Ela também acrescenta que já consegue identificar diferenças entre a gestação da filha mais velha e a atual. "Sinto mal-estar, gases, cólica, além disso, minha barriga já está enorme, parece que estou no quinto mês de gravidez".
Focado no futuro, o casal adianta que o hospital onde são atendidos está se preparando para que os bebês nasçam na cidade onde moram.
"Já pensou quando formos à praia? Teremos que levar uma equipe para ficar de olho neles e na Heloísa. É melhor nos pouparmos e nem pensarmos nisso por enquanto. Vamos deixar acontecer", conclui o pai, sem nem lembrar das 1440 fraldas mensais e das 120 pequenas unhas que terá que cortar em um futuro bem próximo.
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