São Paulo — O presidente Luiz Inácio Lula da Silva evolui bem no pós-operatório imediato, sem intercorrências, segundo boletim médico divulgado na manhã desta quarta-feira (11/12) pelo Hospital Sírio-Libanês, de São Paulo. Ele passou por cirurgia para tratar uma hemorragia intracraniana na noite de segunda-feira (9/12), após apresentar dores de cabeça e sonolência associadas a um acidente doméstico ocorrido em outubro.
De acordo com o boletim, o presidente permanece com dreno, enquanto aguarda novos exames de rotina. “Está lúcido, orientado, conversando e passou a noite bem”, diz, ainda, o documento.
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Lula estava em Brasília, mas foi transferido às pressas para a capital paulista na própria segunda-feira para ser submetido a uma cirurgia conhecida como trepanação — procedimento realizado para a drenagem de um hematoma. O procedimento transcorreu sem intercorrências.
A cirurgia durou cerca de duas horas. Em coletiva à imprensa nessa terça-feira (10/12), a equipe médica que atende o presidente explicou que a trepanação é feita com a perfuração do crânio, por meio de orifícios pequenos. Trata-se de um procedimento padrão em cirurgias neurológicas. A cicatrização, nesses casos, é espontânea.
Segundo os médicos, Lula apresentou um sangramento entre o cérebro e a meninge, embaixo de uma membrana chamada dura-máter.
“Todas as funções neurológicas estão preservadas”, afirmou Kalil.
Nesta quarta-feira, ao chegar ao hospital, Kalil disse que Lula passou a noite bem e está de bom humor.
Lula mantém cargo
Mesmo internado após a cirurgia de emergência, Lula não passou o exercício do cargo a seu vice, Geraldo Alckmin (PSB). Nessa terça-feira, o vice-presidente recebeu o primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico, no Palácio do Itamaraty.
Alckmin deverá assumir mais compromissos de Lula ao longo da semana. A expectativa dos médicos do titular do Planalto é que ele permaneça internado até o fim da semana.
“Sobre o tempo de internação, se tudo correr bem, como está correndo, ele deve retornar a Brasília no começo da semana. Na próxima semana. Provavelmente. Tudo depende dessa evolução. Um dia mais, um dia a menos, mas a previsão é que o presidente esteja em Brasília na semana que vem”, disse Roberto Kalil.
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